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Indígenas da Guatemala purificam locais e esperam mudança de era maia

Em 21 de dezembro termina o último dos treze ciclos de 400 anos, denominados B'aktun que, somados, constituem uma longa era de 5.200 anos

15:56 | 20/12/2012
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Sacerdotes de organizações indígenas maias da Guatemala purificaram 20 locais que consideram sagrados e deram início às cerimônias para receber, na sexta-feira, a nova era que começa, segundo o calendário maia, distanciados das atividades oficiais às quais denominam de "show" para atrair turistas.

"O que temos visto (nos eventos do governo) é que estão fazendo um show para o turismo. Para nós não é um show e não é um turismo, é algo espiritual e pessoal", disse à AFP Sebastiana Mejía, integrante da Conferência de Ministros Maias, o Oxlajuj Ajpop.

Após as purificações realizadas na quarta-feira, nesta quinta, 20, os sacerdotes maias celebravam cerimônias de "conexão e sincronização espiritual".

Entre os locais purificados estão cinco sítios arqueológicos, um deles Tikal, uma das cidades mais representativas da cultura maia, onde o presidente Otto Pérez comandará a principal atividade.

Segundo Mejía, embora em alguns centros arqueológicos os sacerdotes concordem com as atividades oficiais, não participam delas, e em alguns sítios como Kaminal Juyu, a oeste da capital, coordenaram com as autoridades para alternar seu uso.

À meia-noite de quinta-feira, os descendentes dos maias iniciarão a celebração do novo ciclo e às 05h45 de sexta-feira (hora local, 09h45 de Brasília) e efetuarão a "Grande Cerimônia de Recebimento do Avô Sol e do Novo Fogo Sagrado para a Humanidade", destacou, em um comunicado, o Oxlajuj Ajpop.

Em 21 de dezembro termina o último dos treze ciclos de 400 anos, denominados B'aktun que, somados, constituem uma longa era de 5.200 anos, o Oxlajuj B'aktun, segundo o calendário maia.

"O novo ciclo maia implica em harmonia, equilíbrio e reafirmação do verdadeiro sentido do ser humano para a tomada de decisões a favor da vida em todas as suas dimensões", explicou Felipe Gómez, coordenador do Oxlajuj Ajpoo, na página da organização na internet.

AFP

 

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