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Coreia do Sul elege sua primeira presidente

17:54 | 19/12/2012
Primeira mulher à frente do governo em Seul é filha de ditador militar. Park Geun Hye promete ênfase no crescimento e diálogo com comunista Coreia do Norte. Pyongyang a acusa de ressentimento e busca de confrontação. Após a contagem de mais de 90% dos votos, está certo que Park Geun Hye é a nova presidente da Coreia do Sul. Como noticiaram as emissoras nacionais nesta quarta-feira (19/12), 51,5% dos eleitores optaram pela candidata do partido do governo Saenuri. A seu adversário, o ex-advogado especializado em direitos humanos Moon Jae In, do Partido Democrático Unitário, couberam 48% dos votos. Park sucede o presidente Lee Myung Bak, impedido de se recandidatar após cinco anos de mandato. A participação eleitoral, de 75,8%, foi relativamente alta, informou a Comissão Eleitoral Estatal. A futura presidente é filha do ditador Park Chung Hee, que regeu a Coreia do Sul com mão de ferro de 1961 a 1979, ano de sua morte. Apesar disso, ele é honrado por parte da população como pai da ascensão econômica daquele país asiático. Durante sua campanha, Park Geun Hye desculpou-se perante aqueles que sofreram sob o regime de seu pai. Em sua primeira declaração após a vitória no pleito, a política conservadora, de 60 anos, salientou que dará atenção especial ao aquecimento da economia nacional. Após uma década apresentando uma taxa de 5,5%, o crescimento do país caiu recentemente para 2%. Relações com a Coreia do Norte Ao contrário de seu antecessor, a nova presidente pretende estabelecer diálogo político com a comunista Coreia do Norte, e declarou-se disposta a negociar com o chefe de Estado Kim Jong-un. No entanto, como acentuou durante a campanha eleitoral, ela também espera que os norte-coreanos abandonem seu programa de armamento nuclear. Essa seria uma condição para o fornecimento de ajuda ao empobrecido país vizinho. Há apenas uma semana, os norte-coreanos despertaram temores de uma desestabilização da região, com o lançamento de um foguete de logo alcance. A Coreia do Norte informou se tratar de um satélite, mas o Ocidente desconfia de fins militares. Além disso, a liderança em Pyongyang afirma que Park guardaria ressentimentos contra o país comunista, e que estaria visando uma confrontação. AV/dpa,dapd,rtr,afp Revisão: Francis França

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