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Parlamento grego aprova orçamento com cortes exigidos por credores

07:11 | 12/11/2012
Em meio a novos protestos em Atenas, coalizão de governo consegue aprovar com ampla maioria o projeto de orçamento para 2013, que prevê cortes e ajustes exigidos pelos credores para liberar nova ajuda financeira. O Parlamento da Grécia aprovou na noite deste domingo (11/11) o orçamento para 2013, que inclui novas medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais para desbloquear uma parcela de 31 bilhões de euros. Com o apoio dos três partidos da coalizão de governo, a lei passou pelo Parlamento com uma maioria mais larga do que as medidas de austeridade aprovadas na quarta-feira passada. Ao todo, 167 deputados votaram a favor e 128 votaram contra. A votação foi novamente acompanhada por protestos em frente ao Parlamento, onde cerca de 10 mil pessoas se reuniram para manifestar o seu descontentamento com as medidas de austeridade. Não houve registro de incidentes graves. "A Grécia fez o que se esperava dela e agora é hora de os credores internacionais assumirem os seus compromissos", afirmou o primeiro-ministro, Antonis Samaras, aos parlamentares. Os ministros das Finanças da zona do euro se reúnem nesta terça-feira em Bruxelas para, entre outros assuntos, decidir sobre a liberação da parcela. Retida pelos credores internacionais desde junho para obrigar a Grécia a adotar um rígido programa de ajustamento orçamental, a nova parcela é ansiosamente aguardada pelo governo, cujos cofres estão vazios já para pagar as contas do final deste mês. De acordo com o programa aprovado na semana passada, a idade para aposentadoria passa para 67 anos. Também o valor das aposentadorias foi revisto para baixo. O plano reduz ainda em até 27% os vencimentos dos funcionários do alto escalão, fixando o salário bruto mensal em 1.872 euros para o chefe do Estado-Maior do Exército e em 1.459 euros para professores universitários. O orçamento prevê que a economia grega recue 4,5% no próximo ano depois de uma queda de 6,5% no ano corrente e que o endividamento do Estado suba de 340 bilhões para 346 bilhões de euros, o que equivale a 189% do Produto Interno Bruto (PIB). AS/lusa/rtr/afp Revisão: Roselaine Wandscheer

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