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Congo: Rebeldes começam a abandonar linha de frente

17:20 | 30/11/2012
Centenas de rebeldes congoleses retiraram-se nesta sexta-feira das linhas de frente estabelecidas nos arredores de Goma, no leste da República Democrática do Congo, cumprindo os termos de um acordo negociado esta semana em Uganda. Simultaneamente, a polícia retornava a Goma para reassumir o controle da cidade, capturada na semana passada.

Os rebeldes do M23, grupo formado há oito meses por soldados amotinados do exército congolês, prometeram recuar e se estabeleceram a uma distância de 20 quilômetros de Goma, principal cidade do leste do Congo, uma região rica em recursos minerais.

No entanto, apesar de os rebeldes terem começado a recuar de suas posições, o líder militar do M23, Sultani Makenga, acusou mantenedores de paz de Organização das Nações Unidas (ONU) de terem "começado a bloquear" a movimentação de equipamentos dos rebeldes para forma de Goma, o que estaria retardando a retirada.

"Estamos aguardando a solução do problema para nos retirarmos", disse Makenga à AFP em Sake, 30 quilômetros a oeste de Goma.

Madnodje Mounoubai, porta-voz da ONU no Congo, disse desconhecer qualquer bloqueio que tenha sido estabelecido pelos mantenedores de paz. Segundo ele, porém, os rebeldes tentaram ocupar o aeroporto, atualmente controlado pela ONU, e roubar as armas do exército congolês armazenadas no local. Mounoubai disse que a ONU "não toleraria" tais ações.

Também nesta sexta-feira, o Reino Unido informou que vai reter fundos de ajuda a Ruanda depois da divulgação de suspeitas do envolvimento do país com o grupo rebelde M23 do Congo.

A secretária de Desenvolvimento Internacional, Justine Greening, afirmou nesta sexta-feira que o governo britânico não vai liberar um pagamento de US$ 33,6 milhões em meio a preocupações de que Ruanda pode ter apoiado a milícia congolesa. Segundo Greening, o país africano está quebrando "princípios de parceria".

Os britânicos querem pressionar Ruanda a acabar com a violência no país vizinho. No passado, Ruanda já havia oferecido ajuda a grupos rebeldes do Congo numa resposta contra outras milícias de extremistas hutus, culpados pelo genocídio ruandês de 1994. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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