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Sudão e Sudão do Sul assinam acordos mas não solucionam divergências importantes

Este conflito, sem solução desde a independência do Sudão do Sul, em julho de 2011, esteve a ponto de levar os dois vizinhos à guerra no ano passado

15:39 | 27/09/2012
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ADIS ABEBA, 27 Set 2012 (AFP) -Sudão e Sudão do Sul assinaram nesta quinta-feira, 27, uma série de acordos de cooperação e segurança, após quatro dias de negociações em Adis Abeba, mas não solucionaram suas maiores divergências, como o estatuto da zona disputada de Abyei ou a demarcação de sua fronteira.

"Hoje é um grande dia na história de nossa região e, em particular, de Sudão e Sudão do Sul, já que presenciamos a assinatura do acordo de cooperação que põe fim ao longo conflito entre nossos dois países", disse o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, durante a cerimônia, da qual também participou o presidente sudanês, Omar Al-Bashir.

Já Bashir chamou Kiir de "sócio pela paz" e considerou que os acordos assinados são uma "oportunidade histórica".

"Estamos decididos a cumprir com o que firmamos (...) em nome da paz e da estabilidade de nossos dois povos", declarou o presidente sudanês.

No entanto, Cartum e Juba não chegaram a um acordo sobre o estatuto da zona disputada de Abyei ou sobre a demarcação de sua fronteira.

Este conflito, sem solução desde a independência do Sudão do Sul, em julho de 2011, esteve a ponto de levar os dois vizinhos à guerra no ano passado.

"Infelizmente, meu irmão Bashir e seu governo rejeitaram totalmente a proposta sobre Abyei", disse Kiir durante a cerimônia.

Bashir se comprometeu a "seguir buscando soluções para os temas não solucionados".

Os acordos firmados "permitirão que cada um dos Estados se desenvolva, em particular com a cooperação do outro, para chegarem a dois países viáveis", declarou Barney Afako, assessor jurídico do grupo de alto nível da União Africana para o Sudã.

O ministro da Defesa sudanês, Abdel Rahim Mohamed Hussein, e seu colega do Sudão do Sul, John Kong Nyuon, assinaram um "acordo sobre medidas de segurança" em sua fronteira comum, que incluiu, segundo Afako, um "mecanismo político e de segurança conjunto" e uma "zona fronteiriça desmilitarizada".

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