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Juízes franceses irão à Cisjordânia, diz viúva de Arafat

16:08 | 05/09/2012
A viúva do ex-líder palestino Yasser Arafat, Suha, disse nesta quarta-feira que juízes investigadores franceses visitarão em breve a Cisjordânia para a autópsia dos restos mortais do seu marido, na esperança de descobrir o que matou o seu marido em 2004. O governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) disse que a investigação é bem-vinda, ao dizer que a equipe francesa poderá começar o trabalho em dias, mas alguns políticos expressaram em privado preocupações com a autópsia. A morte de Arafat, em um hospital militar francês perto de Paris em 2004, permaneceu um mistério para muitos no mundo árabe.

Os médicos franceses disseram que a causa imediata da morte foi um derrame, mas a causa da doença que ele sofreu durante as últimas semanas nunca foi esclarecida, o que levou a teorias persistentes e não provadas da conspiração, de que o líder palestino tinha câncer, AIDS ou foi envenenado.

Recentemente, um laboratório suíço descobriu vestígios de polônio-210 em roupas usadas por Arafat e entregues por Suha para análise. O polônio-210 é um elemento químico altamente radioativo e pode ser mortal. Isso reviveu todos os rumores de que o l´dier palestino foi envenenado, com novas acusações contra Israel. Um político israelense que era ministro de gabinete em 2004 negou com veemência os rumores.

Na semana passada, a promotoria de Paris abriu uma investigação sobre a morte de Arafat. Suha disse que em breve três juízes franceses irão à Cisjordânia visitar o túmulo de Arafat e recolherão amostras dos restos mortais, e que "muito em breve, especialistas da polícia científica francesa viajarão a Ramallah e visitarão o túmulo de Arafat". Ela pediu que a ANP coopere com os franceses. A mulher de Arafat, que tem cidadania francesa, pediu que a investigação aberta em Paris tome a dianteira de qualquer outro procedimento, ao dizer que como é uma "investigação judicial aberta" precisa ter prioridade.

As informações são da Associated Press.

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