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Dilma prepara discurso para abrir Assembleia Geral da ONU

14:59 | 24/09/2012
Presidente brasileira deve abordar temas como desenvolvimento sustentável e diplomacia para a resolução de conflitos internacionais um dos assuntos centrais do encontro em Nova York. Líder se reunirá com Ban Ki-moon.

A presidente Dilma Rousseff abrirá nesta terça-feira (25/09) a 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Em seu discurso, cujos detalhes serão finalizados nesta segunda-feira, a chefe de governo brasileira deverá defender a relevância dos esforços em favor do desenvolvimento sustentável, o empenho para o reequilíbrio econômico internacional e a aposta na via diplomática para resolver conflitos internacionais.

A prevenção e a resolução pacífica de conflitos internacionais será um dos temas centrais desta assembleia. Sobre a questão síria, Dilma deverá defender o respeito aos direitos humanos, a não intervenção militar e as negociações para alcançar uma solução pacífica, levadas adiante pelo Conselho de Segurança da ONU.

Além da violência na Síria, que divide a ONU há meses, os protestos e mortes por conta da difusão do filme anti-islâmico norte-americano Innocence of Muslims deverão marcar esta sessão em Nova York.

Também o conflito entre israelenses e palestinos será novamente um dos temas centrais debatidos pelos representantes dos 193 países-membros da ONU. É provável que Dilma defenda as negociações para a busca de um acordo de paz também neste caso, segundo a Agência Brasil. A presidente também deverá, mais uma vez, apoiar o direito de a Palestina ser um Estado autônomo.

De acordo com comunicado do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, na Assembleia será discutida ainda a implementação dos compromissos assumidos durante a Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada em junho deste ano. Os avanços da conferência deverão ser destacados no discurso de Dilma.

Durante sua estadia em Nova York, até quarta-feira, a líder brasileira se reunirá com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com o presidente da 67ª Assembleia, Vuk Jeremic. Segundo assessores da presidência, não há audiências previstas com o presidente norte-americano, Barack Obama, ou com a chanceler federal alemã, Angela Merkel.

Relações internacionais

No âmbito regional, Dilma deverá ressaltar em sua fala o respeito à democracia como condição para a integração na América Latina. Trata-se de uma referência "à necessidade de preservar a ordem democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam que não ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando Lugo, em 22 de junho", informou a Agência Brasil.

Ainda segundo a agência de notícias, é possível que a presidente cite a reforma do Conselho de Segurança da ONU. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que acompanha Dilma, tem uma agenda paralela cujo principal tema é a ampliação do órgão.

Atualmente, o Conselho de Segurança é composto por cinco membros permanentes com poder de veto China, França, Rússia, Reino Unido e EUA e dez membros rotativos. O Brasil defende a ampliação para pelo menos 25 lugares no total. O assunto deverá ser debatido durante reuniões de Patriota com ministros do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) e do Brics (Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul).

Esta é a segunda vez consecutiva que Dilma abre a Assembleia em Nova York. Por ser a primeira mulher presidente do Brasil, a líder também se tornou a primeira mulher a proferir o discurso de abertura do evento. Desde que Oswaldo Aranha inaugurou a primeira sessão especial da Assembleia Geral da ONU, em 1947, manteve-se a tradição de o primeiro orador do fórum ser um brasileiro.

LPF/dpa/abr
Revisão: Francis França

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