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Bahrein mantém pena de prisão perpétua contra ativistas

12:50 | 04/09/2012
Um tribunal do Bahrein manteve as sentenças emitidas contra 20 ativistas de oposição à monarquia local considerados culpados de conspiração para derrubar o governo, inclusive as de oito destacados líderes oposicionistas condenados à prisão perpétua.

Entre os oito ativistas sentenciados à prisão perpétua encontra-se Abdulhadi al-Khawaja, que protagonizou uma greve de fome de 110 dias em protesto contra o governo. Os outros 12 foram condenados a pena de reclusão que variam de cinco a 15 anos na cadeia.

Analistas consideram que a decisão do judiciário bareinita tende a aprofundar ainda mais a crise entre a monarquia sunita e a população de maioria xiita, que desde o início do ano passado mobiliza-se em busca de mais direitos e liberdade no Bahrein, um reino insular no Golfo Pérsico que abriga a Quinta Frota da Marinha dos Estados Unidos.

Horas depois da decisão da corte, a tropa de choque da polícia do Bahrein atirou bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes em Manama. Alguns dos participantes do protesto lançaram bombas de gasolina na direção dos policiais.

Um levante popular teve início no Bahrein em fevereiro de 2011, na esteira da Primavera Árabe. A comunidade xiita representa 70% da população bareinita, mas afirma ser alvo de discriminação sistemática pela monarquia sunita que controla o país. Mais de 50 pessoas foram mortas na repressão da polícia aos protestos. As informações são da Associated Press.

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