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AFP - México prende suposto líder do Cartel do Golfo

06:15 | 13/09/2012

MÉXICO, 13 Set 2012 (AFP) - Militares mexicanos detiveram nesta quarta-feira um homem que "acreditam ser" Jorge Eduardo Costilla, ou "El Coss", líder do Cartel do Golfo e um dos criminosos mais procurados do país, informou a Marinha.

Foi preso "no estado de Tamaulipas quem acreditamos ser Jorge Eduardo Costilla Sánchez, apelidado de 'El Coss', apontado como o principal líder do Cartel do Golfo", revela um breve comunicado divulgado na noite desta quarta-feira.

A detenção ocorreu após integrantes do crime organizado utilizarem carros roubados para bloquear o trânsito nas cidades de Raynosa, Nuevo Laredo e Matamoros, em Tamaulipas, causando o caos no tráfego.

Este tipo de bloqueio no trânsito é uma tática comum entre as organizações criminosas para impedir que militares e policiais prendam seus integrantes.

]A Marinha não informou, no entanto, o local de Tamaulipas, estado situado no Golfo do México, em que ocorreu a detenção.

As autoridades mexicanas incluíram Costilla na lista dos 37 traficantes mais procurados do país, com uma recompensa de 2,2 milhões de dólares.

No dia 4 de setembro passado foi detido Mario Cárdenas Guillén, que dirigia o Cartel do Golfo com Eduardo Costilla, e irmão do líder histórico do grupo criminoso, Osiel Cárdenas Guillén, detido nos Estados Unidos.

'El Coss' se uniu ao Cartel do Golfo quando Osiel Cárdenas estava à frente da organização em meados da década de 1990 e virou seu braço direito, em um período no qual o cartel estava entre os mais poderosos do México e traficava para os Estados Unidos grandes quantidades de drogas.

Há alguns anos passou a se dedicar também ao tráfico e sequestro de imigrantes, entre outras atividades criminosas.

Em novembro de 2010, as forças de segurança mataram em Matamoros, na fronteira com a americana Brownsville, Texas, Antonio Ezequiel Cárdenas Guillén, outro irmão de Osiel, que desde a detenção do líder do grupo em 2003, também comandava a organização.

O Cartel do Golfo rompeu em 2010 com Los Zetas - um grupo integrado por ex-militares desertores formado por Osiel na década de 90 como seu braço armado. A ruptura gerou uma escalada de violência sem precendentes em Tamaulipas.

Mais de 60.000 pessoas morreram no México nos últimos seis anos na ofensiva militar declarada pelo governo do presidente Felipe Calderón aos cartéis das drogas e em confrontos com o crime organizado.

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