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Justiça russa declara integrantes da banda Pussy Riot culpadas de vandalismo

10:19 | 17/08/2012
Banda realizou protesto contra o presidente Vladimir Putin na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou. Julgamento é visto como teste da tolerância do Kremlin à dissidência. Nesta sexta-feira (17/08), a Justiça russa declarou as três componentes da banda feminista punk Pussy Riot culpadas por vandalismo e incitação ao ódio religioso. O julgamento, visto como um teste da tolerância do Kremlin à dissidência, veio após as artistas protestarem contra o presidente russo, Vladimir Putin, em uma igreja. A juíza Marina Syrova disse que as integrantess da banda haviam "planejado cuidadosamente" o ato de 21 de fevereiro no altar da Catedral de Cristo Salvador, em Moscou. Na ocasião, Nadezhda Tolokonnikova, 22, Maria Alyokhina, 24, e Yekaterina Samutsevich, 30, subiram no altar da igreja usando máscaras de esqui brilhantes, meia-calças e saias curtas. Elas cantaram uma oração punk, pedindo à Virgem Maria que livre a Rússia de Putin. "Tolokonnikova, Alyokhina e Samutsevich cometeram um ato de vandalismo, uma violação da ordem pública mostrando claro desrespeito pela sociedade", disse Syrova. As três jovens, algemadas, permaneceram em silêncio e, por vezes, sorriram e riram umas para as outras enquanto Syrova lia o veredicto. Espera-se que a juíza. emita a sentença ainda nesta sexta-feira. A acusação pede três anos de trabalho comunitário. Opinião pública Apesar de poucos russos simpatizarem com a banda, os oponentes de Putin veem o julgamento como parte de uma repressão maior por parte do ex-espião da KGB o serviço secreto da União Soviética para esmagar seu movimento de protesto. "Nossa prisão é um sinal claro e distinto de que está sendo tirada a liberdade de todo o país", disse Tolokonnikova em uma carta escrita na prisão e publicada na internet pelo advogado de defesa Mark Feigin antes do veredicto desta sexta-feira . Artistas estrangeiros liderados pela cantora Madonna que se apresentou em Moscou com as palavras "Pussy Riot" estampadas nas costas fizeram uma campanha para que o trio fosse solto. Washington afirma que o caso tem motivação política. LPF/rtr/afp/dpa Revisão: Francis França

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