PUBLICIDADE
Notícias

Desemprego segue forte nos EUA e estimula debate eleitoral

15:17 | 06/07/2012

WASHINGTON, 6 Jul 2012 (AFP) - Os Estados Unidos criaram 80.000 postos de trabalho em junho, um volume insuficiente para que a maior potência mundial diminuísse sua taxa de desemprego, atualmente em 8,2%, uma situação que tem estimulado o debate eleitoral.

O nível de desemprego tem sido o grande calcanhar de Aquiles eleitoral do presidente Barack Obama, que tenta permanecer na Casa Branca. O dado desta sexta-feira,

particularmente, decepcionou os mercados, pois os analistas projetavam a criação de 100.000 postos em junho.

Segundo dados do Ministério, a economia norte-americana criou nos meses de abril, maio e junho uma média de 75.000 empregos por mês, o que representa três vezes menos que no primeiro trimestre.

Os efeitos da revisão para cima da criação de emprego em maio, para 77.000, foram anulados por uma revisão para baixo das contratações de abril.

De acordo com o governo, "houve diminuição nas contratações na maioria dos grandes setores da atividade no segundo trimestre".

Os Estados Unidos apresentavam oficialmente 12,7 milhões de desempregados em junho, quando faltavam quatro meses para as eleições presidenciais,
Obama argumentou que o país tem apresentado cifras recentes que indicam passos na direção correta, mas disse que não se pode ficar satisfeito.

"A situação é de fato complicada", reconheceu com relação ao emprego em um discurso pronunciado em um colégio de Poland, uma pequena região de classe média no nordeste do estado de Ohio (norte), um distrito eleitoral chave.

No meio da campanha eleitoral, o rival republicano de Obama, o ex-governador Mitt Romney, aproveitou as cifras para atacar a gestão de seu oponente.

"Há muita pobreza nos Estados Unidos hoje e estes números enfatizam o que as pessoas sentem e principalmente a dor da classe média norte-americana", disse Romney a repórteres em Wolfeboro, New Hampshire, onde se encontra de férias com sua família.

Romney atacou especificamente as políticas de Obama, em particular o que considera como excesso de regulações, impostos corporativos muito altos e um "fracasso em tomar medidas efetivas contra a China pelos casos das patentes e ainda de roubar os postos dos trabalhadores norte-americanos".

A taxa de desemprego e subemprego, que leva em conta entre outros os assalariados que trabalham em tempo parcial e as pessoas que deixaram de buscar ativamente um trabalho, subiu 0,1 ponto percentual, para 14,9%, seu nível mais alto em quatro meses.

TAGS