PUBLICIDADE
Notícias

AFP - Sudão assina contratos petrolíferos com sociedades estrangeiras

Os acordo de exploração e produção foram assinados na terça-feira com companhias do Brasil, Austrália, Canadá, Egito, França, Bélgica e Nigéria

15:00 | 04/07/2012

CARTUM, 4 Jul 2012 (AFP) - O Sudão assinou contratos para exploração de petróleo com várias empresas estrangeiras, anunciaram nesta quarta-feira fontes do governo, enquanto a disputa com o Sudão do Sul sobre a passagem de um oleoduto continua sem resolução.

Os acordo de exploração e produção foram assinados na terça-feira com companhias do Brasil, Austrália, Canadá, Egito, França, Bélgica e Nigéria, declarou à AFP, Azhari Abdalla, diretor geral da Autoridade de Exploração e Produção Petrolífera.

Segundo ele, os contratos serão válidos para cinco dos seis novos campos abertos para leilão em janeiro. Apenas um campo, localizado na região de Darfur, em guerra civil, não obteve contrato.

O Sudão, altamente endividado, perdeu quase 75% da sua produção de petróleo com a independência do Sul, em julho de 2011.

Em janeiro, o Sudão do Sul parou suas exportações de petróleo, totalmente dependentes dos oleodutos do norte.

Desde então, o norte tenta encontrar novas receitas para controlar a alta inflação causada por esta súbita perda de renda.

Segundo um economista estrangeiro, as receitas de petróleo do Sudão reduziram em mais 20%, mais de 700 milhões de dólares em perdas, desde que o campo de petróleo de Heglig foi atingido pela violência em abril.

Abdalla também indicou que para esses contratos de 20 anos, as companhias petrolíferas devem investir "algo em torno de meio bilhão de dólares" e alcançar alguns objetivos.

Das 70 empresas que participaram do leilão, 23 continuam a rever os dados sobre os diferentes campos, onde a existência de algumas reservas foram comprovadas, acrescentou.

No mês passado, Cartum anunciou medidas de austeridade, incluindo a remoção de subsídios aos combustíveis, o que levou a uma série de manifestações sem precedentes contra o regime do presidente Omar al-Bashir.

TAGS