Premiê iraquiano ameaça convocar eleições antecipadas
A jogada de al-Maliki é o último lance de uma crise política iniciada há meses que levou xiitas, sunitas e curdos a pedirem sua renúncia. O impasse também gerou temores de que insurgentes aproveitem o momento de turbulência para lançaram novos ataques.
Em Bagdá, a capital iraquiana, um atentado à bomba que tinha como alvos um clérigo xiita e um militante contrário ao grupo fundamentalista Al-Qaeda deixaram pelo menos 11 mortos nesta quarta-feira.
Xiita, al-Maliki disse que seguidas recusas de seus rivais políticos de negociar uma solução à crise lhe deixam poucas alternativas além de convocar novas eleições.
"Quando o outro lado se recusa a se sentar à mesa para dialogar e insiste na política de provocar sucessivas crises de forma a causar graves danos aos interesses supremos do povo iraquiano, o primeiro-ministro se sente forçado a convocar eleições antecipadas, nas quais o povo iraquiano terão a palavra final", disse o premiê, em comunicado divulgado em seu site. Ele não mencionou uma possível data para a votação.
A ameaça veio em resposta a meses de pressão feita por sunitas, curdos e alguns líderes xiitas, que se sentem alijados do poder, para que al-Maliki renuncie. Não está claro se estes grupos têm a vontade política ou apoio suficiente no Parlamento para afastar o premiê num voto de não confiança.
O assessor de imprensa de al-Maliki disse que o primeiro-ministro ainda espera solucionar a crise através do diálogo. As informações são Associated Press.