PARIS, 21 Jun 2012 (AFP) - Um livro de fotos de Stephane Ruet com legendas de Valérie Trierweiler, atual companheira de François Hollande, revela detalhes inéditos da campanha presidencial, em particular a tensão permanente entre a cônjuge atual do presidente francês e Ségolène Royal, a primeira mulher e mãe de seus quatro filhos.

"Vocês vão se beijar? Dar as mãos? Essas são as perguntas que os meus colegas fazem. Sim. O homem que amo teve uma mulher antes de mim. Acontece que ela foi candidata à eleição presidencial. Convivo com isso", escreve Valérie Trierweiller, em tom de desabafo, na legenda de uma foto de um ato político em que Ségolène Royal dá apoio ao futuro presidente.  

O livro de fotografia "François Hollande presidente" é lançado dez dias depois de Trieweiller enviar em seu twitter uma mensagem de apoio ao rival de Ségolène nas eleições legislativas.
Ségolène foi derrotada e a mensagem de Valérie causou reboliço na França.

A companheira de Hollande revela outros detalhes, incluindo o momento em que Dominique Strauss-Khan, diretor do FMI e principal rival de Hollande nas primárias socialistas, foi preso em Nova York, em 14 de maio de 2011.

"Acordo François. Aviso-o. Ele simplesmente diz 'Volte a dormir. São besteiras'. Consulto o e-mail e insisto. Ele já pensa na próxima etapa. 'Então será Martine Aubry (adversária nas primárias), o que pode até ser mais difícil", comenta Trierweiller no livro.

François Hollande disse no prefácio do livro que uma eleição também é feita de "momentos de tensão, solidão e momentos de grande alegria".

Os registros do livro começam em 31 de março de 2011, com a campanha das primárias socialistas, e terminam em 6 de maio de 2012, com a vitória Hollande no segundo turno da eleição presidencial.