Polícia italiana prende suspeitos de explosão em escola
Cilindros de gás explodiram sábado em um colégio feminino na cidade de Brindisi, sul da Itália, enquanto as meninas esperavam o início das aulas. Os suspeitos foram identificados por câmeras de segurança da escola.
Um deles é um ex-soldado com conhecimento em eletrônica, de acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, que cita o site local Brindisireport. O promotor que acompanha o caso, Marco Dinapoli, já havia dito mais cedo que a explosão poderia ter sido causada por um único indivíduo.
"Não é impossível que toda a organização tenha sido feita por uma pessoa que agiu sozinha", afirmou, acrescentando que essa pessoa precisaria de treinamento com armas para manipular o mecanismo que explodiu e acioná-lo por controle remoto. "Estamos longe de saber a verdade", admitiu.
O juiz antimáfia Cataldo Motta afirmou no sábado que, embora o incidente não pareça ter sido causado pelo crime organizado local, ainda é muito cedo para descartar essa hipótese. O instituto atacado se chama Francesca Laura Morvillo Falcone, nome de uma juíza que foi morta há 20 anos com seu marido promotor, Giovanni Falcone. Ambos atuavam contra a máfia.
A ministra do Interior italiana, Anna Maria Cancellieri, que cuida da segurança doméstica do país, alertou que até o momento investigadores "não têm elementos para acusar o crime organizado".
A estudante morta na explosão do colégio foi Melissa Bassi. Suas amigas disseram que ela sonhava em se tornar uma estilista de moda. Outras quatro colegas foram hospitalizadas com queimaduras, e há relatos de melhora neste domingo.
A Itália ficou chocada com o atentado, pois reviveu as memórias de ataques organizados por militantes políticos e pela máfia nas décadas de 1970 e 1980. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.