PF desarticula esquema de tráfico de drogas entre Ceará, França e Tailândia

Uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quarta-feira, 10, desarticulou uma célula de um esquema criminoso de tráfico internacional de drogas entre o Ceará e países europeus e asiáticos, como França e Tailândia. O esquema utilizava transportadoras, conhecidas como “mulas”, para o envio de entorpecentes, principalmente a cocaína.

Conforme as investigações, os valores dos envios variam entre R$ 20 a R$ 22 mil. Também foi identificado as ações criminosas no tráfico interestadual, que também tinha o Ceará como passagem e destino. As transportadoras recebiam cerca de R$ 3 mil para o transporte de drogas.

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A investigação, que mirou a célula do esquema, iniciou-se após a prisão de uma mulher no Terminal Rodoviário de Fortaleza em maio passado. A suspeita foi presa em flagrante com 40 kg de skunk ao desembarcar no terminal. Ela vinha de Belém com destino à Capital e cruzou as divisas por meio terrestre em ônibus de linha comercial.

Diante da prisão, os agentes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), da PF, identificaram o esquema de tráfico e a atuação de uma cooptadora de mulas. A mulher, no entanto, foi presa ao longo do ano, mas a atuação dele foi confirmada durante a investigação da PF.

A operação desta quarta-feira, 10, visou corroborar provas e responsabilizar indivíduos, incluindo a cooptadora e demais transportadoras. Ela recrutava as mulas, principalmente da região Norte. Na investigação, o Ceará foi identificado como um ponto de passagem dos entorpecentes pelas transportadoras.

De acordo com o delegado da Polícia Federal (PF), Daniel Ramos, a operação é um desdobramento de uma investigação maior focada no tráfico interestadual, principalmente de drogas vindo da região Norte do País. “São pólos que têm um fluxo de droga bem importante no Brasil”, disse.

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Ainda segundo o delegado, a célula identificada interliga uma organização criminosa, responsável por enviar a drogas a outros estados e países. As transportadoras foram identificadas como ponto final do esquema, sendo a cooptadoras a responsável por ligar a mula e a organização.

A operação cumpriu também sete mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão apenas de documentos que reforçam o esquema criminoso. A ação não resultou em prisões em flagrante, mas, segundo o delegado da PF, serviu para corroborar as provas contra os alvos já identificados.

Também foram solicitadas medidas cautelares de bloqueio e sequestro de bens e valores da organização criminosa, totalizando o montante aproximado de um milhão de reais. A investigação segue em andamento.