Visita guiada do Centro Dragão do Mar resgata história do equipamento
Tour se repetirá no dia 19 de novembro, com ênfase na relação do equipamento com a história negra
20:48 | Nov. 05, 2022
Além de ser espaço para apresentação de peças de teatros, shows e exposições de arte, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura é uma parte importante da história de Fortaleza. A arquitetura, a localização e a história do equipamento foram alguns dos pontos apresentados por guias na tarde deste sábado, 5, durante tour gratuita.
Por meio do programa Territórios Dragão Histórico, três guias locais levaram visitantes aos diferentes espaços que compõem o centro cultural. “A gente vai tratar de passar essa informação ao visitante para que ele se sinta novamente entusiasmado a vir e a estar no Dragão do Mar”, afirmou o guia Sérgio Rocha, que também é geógrafo e ex-funcionário do centro.
Para Sérgio, é importante reacender a empolgação com o local que, segundo ele, ganhou estereótipo de “violento” e “em desuso” nos últimos anos. Os guias Juscelino Rocha e Ana Rocha também participaram da programação, marcada intencionalmente no Dia Nacional da Cultura.
No Planetário Rubens de Azevedo, às 16h20min, a visita guiada começou com a apresentação do entorno do Dragão. Depois, o público aprendeu sobre a arquitetura do local, bem como o nome dos arquitetos responsáveis pelo desenho do equipamento: Delberg Ponce de Leon e Fausto Nilo.
Sérgio explicou que os dois projetaram o espaço na forma de um dragão, com a cabeça sendo a entrada, a passarela representando a coluna e o planetário simbolizando um rubi guardado pelo animal.
Os guias também falaram sobre as famílias que moravam no entorno do local que hoje abriga o Dragão do Mar, além de outros ex-moradores que são personalidades importantes para a história cearense, como o engenheiro Mister Hull.
O tour continuou pela passarela vermelha, passando pelo Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC), pela exposição de longa duração Vaqueiros, do Museu da Cultura Cearense (MCC), e finalizando nas estátuas de Patativa do Assaré e de Chico da Matilde, jangadeiro abolicionista conhecido como Dragão do Mar, que dá nome ao centro cultural.
Acompanhada do marido e do filho, a advogada Luciana de Sousa, 44, acompanhou a visita guiada deste sábado. “É interessante o tour porque até mesmo nós, que frequentamos sempre, não conhecíamos tudo”, afirmou.
Ela relata que participa da programação do Dragão do Mar há anos e sempre divulga os eventos do local. “É um lugar democrático, aberto. Vou indicar o tour, já enviei para vários amigos”, diz.
A programação será repetida no dia 19 de novembro, também às 16 horas. A visita guiada deste dia, no entanto, dará mais ênfase à história negra relacionada ao espaço do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.