Mar da Praia do Futuro permanece com manchas marrons; banho não é recomendável

As manchas são acúmulos de microalgas. Embora não sejam poluição, banho não é recomendado

16:03 | Dez. 12, 2021

Manchas amarronzadas na Praia do Futuro neste domingo, 12. (foto: Oceli Lopes)

Manchas amarronzadas permanecem na Praia do Futuro, neste domingo, 12. O fenômeno é um acúmulo de microalgas nas águas do mar e costuma ser comum em fim e início de ano. As manchas podem assustar banhistas desavisados que, ao observar o fenômeno, associam a derramamento de óleo ou a qualquer outro tipo de poluição.

As machas, na verdade, são resultado do acúmulo de diatomáceas, organismos unicelulares que chegam a atingir 2 milímetros de tamanho e vivem junto à areia, no fundo do mar A microalga é arrastada do fundo para a superfície devido ao movimento das águas. Além do Brasil, o fenômeno do acúmulo das microalgas ocorre em outros países, como na Austrália e na África do Sul.

 

A característica em comum entre as praias é o clima subtropical e temperado, que influencia na quantidade de nutrientes, calor e movimento da maré.

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) já havia informado que, apesar das algas diatomáceas não serem nocivas ao ser humano, o seu acúmulo pode fazer surgir outros tipos de algas, que podem ser nocivas. Por causa disso, a Semace desaconselha o banho no local da mancha.

Em pesquisa feita pela UFC em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), estão entre os fatores mais importantes para a ocorrência do fenômeno um movimento chamado swell, que traz as algas que estão no fundo para a superfície, pois apenas os nutrientes não são capazes de influenciar a posição dos organismos. Isso justifica o fato das manchas só ocorrerem em lugares específicos.