Antes de serem entregues, quiosques da Beira Mar acumulam lixo e depredações

Em fevereiro, a primeira unidade dos quiosques foi entregue, e a previsão é de que, ainda neste mês, todas unidades sejam entregues juntamente de sete complexos de banheiros públicos

11:39 | Jun. 10, 2021

A nova avenida Beira Mar passaria a contar com 80 pontos comerciais padronizados, com estrutura apropriada para o comércio local e para melhor acomodar os permissionários (foto: O POVO)

Atualizada às 15h10min

As 40 unidades dos quiosques do Projeto Beira Mar de Todos ainda não foram entregues por completo, mas já estão sendo alvo do acúmulo de lixo e outros restos orgânicos. Segundo relato de moradores, os pontos também estão sendo usados como espaço para consumo de drogas ou moradia de pessoas em situação de rua. O POVO esteve no local e constatou que tanto as paredes como o piso de alguns dos quiosques estão cheios de resíduos e sujeira. 

Em fevereiro, o primeiro quiosque foi entregue, e a previsão é de que, ainda neste mês, todas unidades sejam entregues juntamente de sete complexos de banheiros públicos. As obras da nova Beira Mar, realizadas pela Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), estão com 93% dos serviços executados e têm previsão de entrega para o segundo semestre deste ano, informou a pasta.

Cada quiosque possui 96 m² de área construída e disponibiliza dois pontos comerciais. De acordo com o projeto, a avenida Beira Mar passaria a contar com com 80 pontos comerciais padronizados, com estrutura apropriada para o comércio local.

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As unidades seriam ocupadas pelos permissionários que atuavam em barracas de praia antes da reforma. Por nota, a Regional II ressaltou que seis quiosques de alvenaria, designados a permissionários que atuavam em barracas de praia no local, foram concluídos e estão em operação. Os quiosques foram objeto de licitação e são entregues na medida em que ficam prontos. "Os quiosques de alvenaria da avenida Beira Mar estão previstos pelo projeto vencedor do concurso de ideias que propôs a nova arquitetura do local. O intuito da proposta é que eles sejam ocupados, em sua maioria, por permissionários que atuavam em barracas de praia antes da reforma, regularizados pela lei nº 10.870/2019", explicou a pasta no texto.

Itens como portas e janelas são instalados apenas próximo à data de entrega dos quiosques para "evitar furtos, depredações e que o local seja usado como esconderijo", segundo a Regional II. A Secretaria Regional 2 informa que, neste momento, 

Os novos espaços devem ser equipados com rede de água e esgoto, pias, almoxarifado, vestiários, despensa para mantimentos, depósitos para mesas e cadeiras, além de iluminação e balcão para atendimento. Entretanto, o que hoje é visto no local é a deterioração de algumas estruturas, além de paredes e solos sujos. Há detritos da construção ainda não finalizada e restos orgânicos de comidas e fezes, bem como outros materiais como máscaras e latas. 

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A Regional II também foi questionada sobre o relato que a unidades estariam sendo usadas como moradia de pessoas em situação de rua. "A Prefeitura de Fortaleza vem realizando um trabalho assistencial por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social. Além da oferta de alimentação e de espaços para a higiene pessoal no Município, é realizado um trabalho permanente de abordagem humanizada. Nos próximos dias, uma equipe da SDHDS irá à região para averiguar a situação e encaminhar providências.", ressaltou a nota.