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Vigilantes do Metrofor e de escolas estaduais ameaçam paralisar atividades

Os vigilantes vão fazer mobilizações pela cidade, nesta quinta-feira, 10. A Seduc diz que os repasses financeiros seguem fluxo normal. O Metrofor afirma que há diálogo para que o impasse seja resolvido

16:22 | 09/12/2015

Os vigilantes do Metrofor e das escolas estaduais do Ceará vão paralisar as atividades, nesta quinta-feira, 10, em protesto contra o atraso dos salários e benefícios da categoria, que deveriam ter sido pagos na última sexta-feira, 4, conforme o Sindicato dos Vigilantes do Ceará (Sindvigilantes). A decisão foi tomada após assembleia na sede do sindicato, na manhã desta quarta-feira, 9, no Centro.

Segundo o presidente do Sindvigilantes, Daniel Borges, o expediente ocorreu normalmente nesta quarta, mas o grupo de vigilantes que deveria trabalhar amanhã votou pela paralisação em todo o Estado. “Nós votamos e fizemos uma caminhada até a Prefeitura e Sefaz. Tanto o Metrofor como a Seduc foram avisados, mas estamos abertos ao diálogo. As atividades serão interrompidas até o pagamento”, diz ele.

Ao todo, 1.227 vigilantes fazem a segurança em escolas estaduais, conforme o presidente. Em Fortaleza, há uma média de 600 trabalhadores. No Metrofor, o sindicato estima que são contratados 455 vigilantes. Além da paralisação, os vigilantes vão fazer uma concentração no sindicato e haverá mobilizações da categoria pela cidade, nesta quinta-feira, 10.

“As empresas dizem que o Estado não pagou, e o Estado diz que pagou. Sendo que nossa categoria arrisca a vida, não podemos ficar com os salários atrasados”, explica Daniel. O salário dos vigilantes é de cerca de R$ 1.600, incluindo benefícios por insalubridade.

Resposta
A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) disse que o número de vigilantes contratados para a segurança das escolas não foi reduzido e que todos os postos de trabalho existentes foram mantidos. ''Com relação aos salários e benefícios, os repasses financeiros seguem fluxo nomal. Importante destacar que cabe às empresas contratadas a responsabilidade de pagar os salários dos terceirizados e as obrigações patronais. Inclusive, caso as empresas de terceirização não cumpram as obrigações contratuais, poderão ser penalizadas nos termos estabelecidos no contrato'' afirmou a secretaria, em nota.

A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) informou que está ''em diálogo com as partes envolvidas no intuito de solucionar o atraso de três dias no pagamento dos vigilantes''. De acordo com o Metrofor,  há "esforços para que pendência seja resolvida no prazo mais curto possível''. Além disso, a companhia destacou que o 13º salário dos vigilantes que prestam serviço nos trens, estações e prédio administrativo da empresa está sendo pago dentro do prazo, sem atrasos.

Confronto
Durante a caminhada dos vigilantes na manhã desta quarta-feira, 9, os manifestantes entraram em confronto com a Guarda Municipal em frente ao Paço. A categoria afirma que os manifestantes foram atacados com bombas de balas de borracha, e por isso, reagiram às agressões.

O Sindvigilants informou ainda que algumas pessoas, infiltradas no movimento, utilizaram pedras e garrafas de vidro. “A gente apenas reagiu, mas o próprio sindicato já se responsabilizou pelo pagamento das coisas quebradas”, completa Daniel.

Redação O POVO Online
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