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Umidade relativa do ar atinge nível de emergência no Ceará

Em Barbalha, o índice chegou a 11% em Barbalha, na região Centro-Sul. O nível é considerado de emergência, segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde

14:01 | 09/12/2015

Atualizado às 16h15min

A umidade relativa do ar chegou a níveis preocupantes na região Centro-Sul do Ceará, de acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). No município de Barbalha, no Cariri, o índice alcançou 11% de umidade na última terça-feira, 8. A taxa é considerada baixa pelo órgão. Em Campos Sales, na Região dos Inhamuns, o índice foi de 13%. As cidades chegaram a marcar 12% em alguns dias de novembro.

Segundo a Funceme, os níveis são geralmente mais baixos entre 13h e 15 horas. Esta condição de ar seco pode ser considerada como estado de emergência e inspira cuidados da população.

O índice considerado ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 60%. Regiões onde os níveis ficam entre 31% e 40% deve ser conderado em estado de observação. Já se a umidade ficar entre 20% e 12%, ocorre estado de alerta, segundo as faixas estabelecidas pela OMS. Nível como observado nesta terça-feira, 8, em Barbalha é considerado de emergência.

De acordo com Leandro Valente, meteorologista da Funceme, as temperaturas têm sido afetadas pelo fenômeno El Niño (superaquecimento das águas centrais do oceano Pacífico). A situação, segundo ele, tem provocado elevação de até três graus acima da média história registrada no Estado.

"A escassez de chuvas, aliada aos quatro últimos anos que foram de precipitações abaixo da média, complementam o quadro de altas temperaturas", comenta.


Capital


Em Fortaleza, o menor índice observado até o dia 8 de dezembro foi de 37%. Em novembro, a umidade relativa do ar chegou a 32%, estado de observação sugerido pela OMS. De acordo com a Funceme, a situação na faixa litorânea do Estado “é menos grave”.

Ainda segundo o órgão, é comum municípios do interior cearense registrarem baixa umidade relativa do ar no segundo semestre. Porém, as altas temperaturas registradas em 2015 colocam os níveis em condição “ainda mais crítica”.

A queda da umidade relativa do ar, conforme a Funceme, é um dos efeitos relacionados às temperaturas mais altas. O problema só deve ser amenizado quando começarem os primeiros registros de precipitação durante a pré-estação chuvosa, entre dezembro e janeiro.

Hoje, os principais órgãos que monitoram tempo e clima no planeta trabalham com 90% de probabilidade de precipitações abaixo da média histórica na próxima quadra chuvosa (fevereiro a maio, média de 804,9 milímetros no período).


Risco à saúde

Segundo o Ministério da Saúde, a baixa umidade aumenta a incidência de doenças respiratórias, como rinite alérgica e asma, além de problemas na pele, nos olhos e sangramento nasal. Os cuidados devem ser redobrados com crianças e idosos, por conta da fragilidade do organismo. Nesse grupo, deve ser buscado acompanhamento médico em caso de mal-estar.

É preciso ter cuidado com a hidratação, orienta o ministério. A população deve se hidratar bem, preferencialmente com água, sucos naturais e água de coco.

 

Redação O POVO Online 

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