PUBLICIDADE
Notícias

Movimento indígena ocupa sede da Funai em Fortaleza

Grupo pede continuidade do coordenador Eduardo Chaves no cargo e ameaça paralisar os trabalhos desenvolvidos pela Funai por tempo indeterminado

10:52 | 09/12/2015
NULL
NULL

Atualizado às 18h

A sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Fortaleza está sendo ocupada desde a última segunda-feira, 7, por um grupo de indígenas que reivindica o fortalecimento da instituição e a demarcação de terras. O grupo também repudia a tentativa de exoneração do titular da Coordenadoria Regional Nordeste II, Eduardo Chaves. Para o grupo, o nome proposto para assumir a pasta iria “na contramão dos princípios defendidos pelo movimento”.

Em carta encaminhada à Presidência na Funai na última segunda-feira, 8, os indígenas denunciaram o "número reduzido de servidores" no Ceará e o "não funcionamento das Coordenações Técnicas Locais (CTL) de Crateús e Caucaia". Segundo eles, a falta das coordenações atinge 20 mil indígenas de 13 povos diferentes, localizados em 17 municípios do Estado.

 

"Nossa mobilização tem por objetivo deixar claro o nosso posicionamento contrário a toda e qualquer forma de intervenção puramente política e sem consulta aos nossos povos para o cargo de coordenador da CR Nordeste 2", afirmam no documento.

O presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa, respondeu a carta nesta terça-feira, 8. Segundo documento encaminhado aos indígenas, ele admitiu que existem "diversos problemas a serem superados para reorganizar a Funai" e disse que essas questões devem ser resolvidos "de forma conjunta".

Na carta, Gonçalves diz que autorizou a nomeação de coordenadores que devem atuar nas CTLs de Crateús e e Caucaia, mas ainda depende de autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

O POVO Online tentou entrar em contato com a coordenação da Funai na manhã desta quarta-feira, 9, mas as ligações não foram atendidas.

Organização

O movimento é organizado pela Coordenação das Organizações e Povos Indígenas no Ceará (Copice), filiada à Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) e vinculada à Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). 


Redação O POVO Online
TAGS