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''III Caminhada por Justiça e Paz'' lembrará chacina da Grande Messejana

As onze mortes na área da Grande Messejana ocorreram em um intervalo de três horas e meia. Todos eram do sexo masculino, e apenas três possuíam passagem pela Polícia por crimes não violentos

12:44 | 10/12/2015
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Os moradores da Grande Messejana realizam um ato, na tarde desta sexta-feira, 11, para cobrar justiça pela maior chacina do Ceará, que vitimou 11 pessoas na região e deixou outras sete feridas, no último dia 12 de novembro. A concentração para a "III Caminhada por Justiça e Paz" será às 15 horas, na Praça da Matriz de Messejana. Uma missa em homenagem às vítimas também será celebrada, às 17 horas, na Igreja Nossa Senhora da Conceição.

A expectativa é que o ato reúna cerca de mil pessoas dos bairros Curió, São Miguel, Barra do Ceará, Jangurussu e São Cristovão. O objetivo, conforme a organização, é pedir uma resposta imediata sobre o crime, bem como a responsabilização dos envolvidos nos assassinatos.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) apura os indícios da participação de agentes de segurança na ação criminosa. A controladoria informou, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 10, que serão pedidos à Justiça mais trinta dias para a investigação.

No último dia 16 de novembro, os moradores do Curió fizeram uma marcha pela paz e também cobraram esclarecimentos das mortes. Na página "Tamo Junto Curió", criada no Facebook em apoio aos moradores da Grande Messejana, existem vários relatos de personalidades, como o cantor Farner e o ator Sérgio Loroza.

Crime

As onze mortes na área da Grande Messejana ocorreram em um intervalo de três horas e meia. Todos eram do sexo masculino, e apenas três possuíam passagem pela Polícia - referentes a uma ameaça, pensão alimentícia e um crime de trânsito.

A apuração dos casos foi determinada como prioridade para a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), que trabalhava com três linhas de investigação. A participação de policiais, no entanto, ganhou força no início do mês, quando a CGD apurou que cerca de 50 policiais estariam envolvidos indiretamente no caso.

Redação O POVO Online
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