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Familiares e amigos lamentam assassinato de modelo cearense

Cerca de 100 pessoas aguardam o corpo da vítima no Cemitério São João Batista

17:50 | 27/12/2015
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Atualizada às 18h36min 
 
O velório do jovem assassinado após sair de uma festa na avenida Engenheiro Luiz Vieira, nas Dunas, ocorre na tarde deste domingo, 27, no cemitério São João Batista, no Centro. Segundo informações da amiga da vítima, Ana Paula Oliveira, o corpo de Jhonny Moura já foi liberado e está sendo encaminhado para o local. Cerca de 100 pessoas, entre familiares e amigos da vítima, aguardam.
 
De acordo com a mãe de Jhonny, Patrícia Moura, de 44 anos, o modelo estava no La Maison Buffett a trabalho. Contudo, a organização do evento negou que ele estivesse trabalhando na festa. O crime ocorreu do lado de fora do estacionamento.
 
 
"Não sou a primeira mãe que passa por isso e sei que não serei a última porque isso acontece frequentemente. É uma dor que só sabe quem passa", lamentou a mãe do atleta. "Todo mundo vai se conformar, mas para uma mãe isso nunca vai passar". 

[SAIBAMAIS1]Segundo Ana Paula Oliveira, uma das organizadoras do velório, a vítima esperou para sair apenas no final da festa para não encontrar as pessoas com quem ele havia discutido. "Mas depois que ele (Jhonny) saiu, quando já estava no carro com a namorada e algumas amigas, o homem segurou a cabeça dele e atirou".
 
Segundo o promotor de eventos Adriano Caetano, as pessoas mais próximas de Jhonny ainda não sabem a identidade do suspeito do crime. "Nós estamos aqui clamando por justiça, pedindo que a sociedade busque também porque assim como foi com ele pode ser amigos de outras pessoas. Casos como este não são difíceis de acontecer. A gente pede justiça e deixa nas mãos de Deus".
 
Amigos que estudaram com Jhonny no Colégio Militar do Corpo de Bombeiros, onde o jovem estudou durante o ensino fundamental, também se encontram no velório.
 
Cultura de paz 
 
O ex-professor de Jhonny, major Edir Paixão, afirmou que o rapaz "marcou pela presença". "O Jhonny foi um aluno marcante porque era um menino muito ativo, muito participativo. Ele era um bom aluno intelectualmente e tinha propensão para os esportes. Ele era uma pessoa feliz, tanto que contagiava as pessoas ao redor".
 
Ainda segundo o major, é preciso que a sociedade "faça uma reflexão". "Até que ponto nós estamos trabalhando para a diminuição dessa violência? Até que ponto estamos trabalhando para desenvolver uma cultura de paz na sociedade?", questionou. 
 
O jovem morou quatro anos em São Paulo, quando jogou pólo aquático pelo Atlético Paulistano e passou por outros clubes. Em Fortaleza, trabalhava como modelo em eventos.
 
NOTA: Inicialmente, o nome da vítima estava sendo divulgado como Johnny Moura. A delegada Socorro Portela, titular da Divisão de Homicidio e Proteção Pessoa (DHPP) confirmou que a grafia correta do primeiro nome é Jhonny.
Redação O POVO Online com
informações da repórter Jéssika Sisnando
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