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Aulas são paralisadas por insegurança em escola do Vicente Pinzón

14:45 | 11/12/2015
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Atualizada às 15h49min

Não houve aulas nesta quinta-feira, 10, nem na manhã desta sexta-feira, 11, na Escola Municipal Maria Felício Lopes, localizada no bairro Vicente Pinzón. A tendência é de que também não haja nesta tarde. O motivo é o clima de insegurança existente em professores, estudantes e parentes motivado pelos furtos que se tornaram frequentes na escola nos últimos quatro meses.

De acordo com uma fonte -  que pediu para não ser identificado - são sete ações entre furtos e tentativas contabilizadas na escola. A última ocorreu nesta quinta-feira e motivou a paralisação e um protesto, na manhã desta sexta-feira, em frente à escola. Ainda de acordo com a fonte, por volta das 11h30min, pessoas tentaram entrar no laboratório de ciências da escola, que fica próximo à sala de professores — onde estes almoçavam. Os criminosos só conseguiram levar roupas que serviriam a um bazar, mas o episódio assustou bastante os professores.

À tarde, os professores se reuniram no Distrito de Educação da Secretaria Executiva Regional II (SER II). A ata da reunião previa que, sem a presença da Guarda Municipal, não haveria aula.
Na manhã desta sexta-feira, foi registrado um Boletim de Ocorrência (B.O.) no 9º Distrito Policial (9º DP). A  Secretaria Municipal de Fortaleza (SME) disse que os professores e todo o corpo escolar voltarão às atividades normais na segunda-feira, 14. 

O POVO Online entrou em contato com a Guarda Municipal, que informou, por meio de assessoria, que a inspetoria de Segurança Escolar é realizada diariamente em todas as unidades educacionais da cidade. “Caso haja algum procedimento que necessite da presença da Guarda, a direção deve fazer a solicitação. As demandas também podem ser solicitadas junto à Ciops, pelo 190”, informou. A inspetoria é formada por um efetivo de 200 guardas, que trabalham em grupos de quatro.

A redação também procurou a Polícia Militar, que não se pronunciou até o momento.

Muro quebrado
A maioria das ações criminosas ocorrem por causa de buracos no muro ao redor da escola. Conforme os funcionários da escola, ele já foi reconstruído três vezes pela Prefeitura. Mas, atualmente, as falhas seguem.

A desocupação do terreno vizinho à escola é apontada como motivo desencadeador do vandalismo. Segundo funcionários da escola, no terreno existiam moradias em situação irregular, destruídas pela Prefeitura com a promessa, ainda não cumprida, de construção de casas do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O terreno, antes de propriedade privada, teria deixado de ser vigiado após ter sido cedido ao poder público, contam funcionários da escola. No local, seria construído um centro de referência.

As invasões comprometem, sobretudo, a quadra da escola, que fica, imediatamente, próxima aos espaços vazios no muro. Um professor de Educação Física chegou a ter um cordão furtado, após a invasão de um criminoso, que puxou o objeto do pescoço do docente. A escola conta com os serviços de dois vigilantes, que se revezam durante as 24h. Tal número seria insuficiente pelo tamanho da escola, comentaram funcionários que não quiseram ser identificados.

Redação O POVO Online
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