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Nenhuma vítima da chacina tinha passagem pela Polícia por crimes violentos ou tráfico de drogas

Apenas duas pessoas possuiam antecedentes: um por envolvimento em acidente de trânsito e outro com pensão alimentícia. A informação foi repassada pelo secretário de Segurança do Estado

14:58 | 13/11/2015
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Nenhum dos 11 homens mortos na chacina que ocorreu na madrugada da última quinta-feira, 12, na Grande Messejana, tinha passagem pela Polícia por crimes violentos ou de envolvimento com tráfico de drogas. A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança e Defesa Social do Ceará, Delci Teixeira, durante coletiva na manhã desta sexta-feira,13. Apenas duas das pessoas mortas tiveram envolvimento com ações de potencial leve: um com acidente de trânsito e outro com pensão alimentícia.

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"Nesse caso, um crime de retaliação pela morte do soldado Serpa seria uma reação desmedida e descabida", afirmou o titular da pasta. Ele, no entanto, diz que a informação não descarta as linhas de investigação já anunciadas. "Estamos fazendo as pesquisas para podermos entender até mesmo os motivos que levaram essas pessoas a terem sido escolhidas para serem mortas", afirmou o secretário.

 

Linhas de investigação

 As três linhas de investigação da Polícia continuam sendo executadas. Uma envolve a morte de uma liderança da criminalidade, que foi fuzilada com mais de 30 tiros. "E possível uma retaliação. Há traficantes entre os familiares? Nós vamos investigar", acrescentou Delci. A segunda linha expõe uma possível vingança pela delação de uma outra pessoa à Polícia, que também seria liderança criminosa. Outra linha de investigação é a que envolve a atuação de policiais na chacina.

 "Tem essa outra linha, que nós não descartamos, que poderia ser uma vingança, uma retaliação, talvez por parte até de policiais pela morte do soldado (Charles Serpa foi morto no dia 11 de novembro ao defender esposa de assalto). Se isso se confirmar, para nós realmente será uma surpresa, porque além de ser uma ação criminosa, seria uma medida descabida, porque o policial não foi morto por ser policial", declarou o secretário.

 

A chacina


 A chacina aconteceu em uma região que envolve os bairros Messejana, Curió e Lagoa Redonda, na Área Integrada de Segurança 4 (AIS 4). Além dos mortos, outras cinco pessoas estão no Frotinha da Messejana, recuperando-se de operação após terem sido baleadas. A cúpula da Polícia Militar se reuniu para investigar a sequência de mortes.


No ano de 2015, cinco chacinas foram registradas no Ceará, com um total de 30 vítimas. A maior delas, na madrugada desta quinta-feira, 12, é também a maior da história do Estado, com 11 mortes.

Redação O POVO Online, com informações da repórter Thaís Brito

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