PUBLICIDADE
Notícias

Procon Fortaleza abre investigação contra Motorola

Foram registradas mais de 140 reclamações de janeiro a outubro deste ano; número dobrou em relação a 2014. Multa pode ser de até R$ 10 milhões

17:20 | 26/10/2015
NULL
NULL
Atualizada às 17h32min 
O Procon Fortaleza abriu, nesta segunda-feira, 26, uma investigação contra a fabricante de aparelhos celulares Motorola Brasil. Consumidores da capital cearense denunciaram problemas com display de modelos Moto X 2ª Geração, que tricavam com facilidade. Segundo eles, a empresa vendia o produto com a promessa de resistência a quedas e impactos. Multa pode ser de até R$ 10 milhões. 
 
Em Fortaleza, o número de reclamações contra a Motorola cresceram 102% só este ano. De acordo com o órgão de defesa ao consumidor, foram registradas 140 reclamações de 1º de janeiro a 26 de outubro deste ano. Em 2014, foram 69 reclamações durante o ano inteiro.
 
[SAIBAMAIS3]Pessoas que usaram o aparelho relatam que a tela trincou em quedas de 10 cm a 40 cm. Outra contestação é de que autorizadas estariam cobrando de R$ 600 a R$ 850 só para consertar o display.
 
O site Reclame Aqui registrou mais de mil reclamações contra o Moto X 2ª Geração, até setembro deste ano. No YouTube, consumidores registraram, em vídeo, a resistência de aparelhos.
 
Cláudia Santos, diretora do Procon Fortaleza, afirma que é preciso averiguar se há propaganda enganosa na venda desses aparelhos. "Decidimos instaurar uma investigação preliminar e, caso as denúncias sejam confirmadas, a empresa poderá pagar multa de até R$ 10,017 milhões, bem como realizar o conserto dos aparelhos ou devolução do valor pago, para produtos dentro da garantia", explicou.
 
Em nota, a Motorola Brasil informa que ainda não recebeu notificação oficial do Procon de Fortaleza. A empresa afirma que "não fez nenhuma comunicação aos consumidores informando que o Moto X 2ª Geração possui tela resistente a quedas e impactos".
 
Ainda de acordo com o comunicado, a Motorola diz que "a tela do Moto X 2ª geração é equipada com Corning Gorilla Glass 3, tecnologia que oferece maior proteção contra riscos do que o vidro comum".

O que diz o Cógido 

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece o prazo de até 30 dias para a empresa consertar o vício ou defeito do produto. Caso não ocorra o conserto nesse prazo, o consumidor pode solicitar alternativas previstas no CDC, como a substituição do produto, a restituiçao imediata da quantia paga ou o abatimento prporcional do preço.
 
Segundo o Procon, a empresa tem até 10 dias para apresentar justificativas e soluções para os problemas apresentados pelos consumidores 
 
[VIDEO1] 
Redação O POVO Online 

TAGS