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Mototaxistas aproveitam greve de ônibus e cobram preços abusivos, segundo usuários

10:24 | 21/06/2012
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A greve dos motoristas de ônibus tem aumentado a procura por alternativas de transporte em Fortaleza e usuários têm reclamado que alguns mototaxistas estão cobrando preços abusivos para o serviço.

É o caso de uma jovem, moradora do bairro Vila Pery, que não quis se identificar. “Ontem (20) o mototaxista cobrou R$ 15 para me levar do Terminal da Lagoa à Reitoria. Esse é o valor que cobram normalmente para me deixar na avenida Santos Dumont”.

A mulher informou que o mototaxista ainda quis explicar que o preço cobrado normalmente era esse, e que não estava aumentando o valor em decorrência da greve. Após negociarem, ele baixou o valor para R$ 10.

Cooperativa
O presidente da Cooperativa dos Mototaxistas de Fortaleza (Coopermototaxi), Alício Jorge, disse que tenta controlar os preços abusivos. O mototaxista que pede 20% acima do preço cobrado normalmente é suspenso e afastado do ponto de trabalho durante três dias.

Ele diz que apesar da punição, infelizmente ocorrem muitos casos de trabalhadores que cobram valores abusivos. Principalmente durante a greve dos motoristas de ônibus da capital. “A Prefeitura não tem controle dos valores, mas com a chegada dos taxímetros para as motocicletas, que deve acontecer entre os meses de outubro e novembro, isso vai ser possível”, explicou.

Já o faturamento no primeiro dia de greve deixou a cooperativa satisfeita. Eles terminaram o dia com um valor duas vezes maior do que o normal. “Os mototaxistas faturaram cerca de R$ 180 a R$ 200. Em um dia normal de trabalho o valor das corridas soma cerca de R$ 80”, comemora Alicio.

Nesta quinta-feira, 21, segundo dia de greve, a cooperativa notou uma queda na demanda. De acordo com o presidente da Coopermototaxi, no primeiro dia os motoqueiros atenderam empresas que contratavam o serviço para fazer o transporte dos funcionários e os clientes não paravam de ligar.

Mototaxistas
Segundo informações da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), atualmente 2.717 mototaxistas cadastrados rodam na capital cearense.

Há um projeto em parceria com Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de um estudo de uma tarifa para os motaxistas e a criação de um taxímetro.

A Etufor afirma que existe um setor responsável pela fiscalização de mototáxis, táxis e transporte clandestino.

Jéssika Sisnando
jessikasisnando@opovo.com.br

 

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