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A história dos Boris

18:18 | 31/05/2012
1865. Alphonse Boris é o primeiro a chegar a Fortaleza, no dia 6 de agosto no vapor Paraná.

1867. Theodore Boris desembarca na Capital cearense passando por Recife e Icó.

1869. Alphonse e Theodore fundam em Fortaleza a Theodore Boris & Irmão.

1970/71. Os dois retornam à França devido à guerra francoprussiana. Em Paris, junto com o irmão Isaie (Isaias), instalam a Boris Frères. Logo depois, os irmãos Achiles (ou Aquiles) e Adrien chegam ao Ceará e montam uma filial.

1878/93. Durante 15 anos, Isaias Boris ficou em Fortaleza. Por iniciativa dele, foram projetadas as estradas de ferro que ligaria Baturité a Guaramiranga (1890) e Granja a Viçosa (1892). As iniciativas foram abortadas, na época, por falta de apoio político e financeiro.

1890. Adrien Boris, gêmeo de Aquiles, morreu em Fortaleza no dia 12 de março, vítima da ruptura de uma aneurisma na aorta. Faleceu no escritório da firma e foi enterrado no São João Batista em 1890.

1871/1918. Aquiles Boris passou 47 anos em Fortaleza. Aqui ganhou o título de comendador e foi o agente consular da França. Cargo passado para o filho Bertrand Alphonse Boris, em 1938, e depois repassado ao neto Gerard (hoje já não é mais). Aquiles contava com a ajuda dos sobrinhos Adrien Seligman e Joseph Boris. O comendador faleceu em 1923, em Paris.

1917. A Casa Boris passa a se chamar Boris Frères & Cia. Continuam com negócios de exportação. As importações haviam sido interrompidas em 1910. Em 1927, a sociedade foi liquidava com a saída de Isaias e transformou-se em Boris Frères & Cia Ltda. Theodore, irmão mais velho e último a falecer (1933 em Paris), fica no comando.

1925. Até esse ano, os Boris mantiveram uma Casa Bancária que representava, inclusive, os interesses locais do Banco do Brasil. Vendiam cheques em mil-réis-ouro para pagamentos de direitos e taxas, além de financiar o governo do Ceará na forma de adiantamento sobre exportação.

1927. Bertarnd Alphonse se torna sócio-gerente da firma. Em 1929, se casa com Arisa Caminha e nascem Gerard, Fraçois-Claude e Phillipe. Com a invasão alemã na França, durante a II Guerra Mundial, foi exonerado do cargo de agente consular da França, voltando a ser nomeado em 1946. De 1969 a 1982, ficou na presidência das firmas.

Atualmente, as empresas estão sob a coordenação dos irmãos Gérard, François e Phillipe em sociedade com filhos e pessoas fora da família.

1929. A Grande Depressão provocou a diminuição do fluxo de produtos cearenses para o exterior, forçando, um ano depois, a Casa Boris suspender suas exportações. Houve concentração de esforços nos negócios das agências de vapores e estivagem, aplicação de recursos imobiliária Boris Frères S/A e na exploração agrícola da fazenda Serra Verde (Cariruaçu).

1947. Depois da II Guerra Mundial, as transações marítimas cresceram. O ramo agrícola também. Por causa disso, Bertrand Boris convidou os sobrinhos Humbert Bloc Boris, técnico agrícola, e Francis Bloc Boris (1949) para se incorporarem à empresa. O primeiro se fixou no Interior do Ceará e o outro ficou em Fortaleza.

Fonte: A Secular Casa Boris e a Importância de seu Arquivo, de Francisco Assis Sousa Mota (Secretaria da Cultura e Desporto, 1982)

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