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Dirigentes do BCE veem desafios para programa de estímulo, mostra ata

09:30 | 06/10/2016
Os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) advertiram em sua reunião de setembro para os "crescentes desafios" em obter bônus para o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) da instituição. Além disso, o BCE sinalizou que o programa de estímulos poderia ser expandido novamente.

O programa conhecido pela sigla de QE, por meio do qual o BCE compra 80 bilhões de euros ao mês principalmente de dívida de governos, tem prazo previsto para acabar em março. O presidente do BCE, Mario Draghi, disse após a reunião de setembro que a equipe revisaria os parâmetros da iniciativa, a fim de garantir que o BCE não fique sem bônus para comprar. A ata da última reunião, publicada nesta quinta-feira, mostrou que as projeções de crescimento refletem a expectativa do mercado de mais medidas do BCE.

A ata registra ainda que o conselho de 25 membros do BCE notou que as mais recentes projeções de inflação - que apontam para uma gradual elevação dos preços na direção da meta de quase 2% da instituição - refletiu parcialmente as expectativas do investidor de que o BCE anunciaria medidas adicionais de política. Segundo a ata, a possível revisão em parâmetros do QE precisa levar em conta a eficácia da política. Para o BCE, a inflação subjacente na zona do euro não mostra clara tendência de alta.

Os dirigentes concordaram "grandemente" que "as condições financeiras tinham de permanecer de apoio para apoiar a recuperação no crescimento e da inflação". Eles advertiram que a inflação subjacente não tem mostrado "sinais convincentes" de uma aceleração sustentada e demonstraram preocupações sobre os lucros fracos dos bancos e dos preços das ações destes, o que segundo os dirigentes poderia limitar os empréstimos futuros para a economia. Segundo o comando do BCE, a fraca rentabilidade dos bancos ameaça os futuros empréstimos.

Além disso, os dirigentes também apontaram para a "incerteza considerável" em relação ao voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, o processo chamado de "Brexit". Segundo eles, ainda é cedo para dizer se as expectativas adversas para o impacto sobre o crescimento têm sido exageradas.

Os responsáveis pela política monetária na zona do euro voltaram a pedir que os governos ajudem o BCE a realizar as mudanças econômicas necessárias para fortalecer o crescimento e recomendou que eles elevem o investimento público, onde for possível fazer isso. Fonte: Dow Jones Newswires.

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