Sindicato de pilotos e comissários de bordo descarta greve no fim do ano

A decisão foi tomada após a categoria aprovar a proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho para 2026, mediada pelo TST

07:35 | Dez. 29, 2025

Por: Isabella Pascoal
FORTALEZA, CE, BRASIL, 10-01.2022: Aeronautas reivindicavam o reajuste salarial, vale-alimentação maior e medidas contra a fadiga (Foto:Aurelio Alves/ Jornal O POVO) (foto: Aurelio Alves)

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) descartou a possibilidade de greve de pilotos e comissários de bordo no fim do ano após a categoria aprovar a proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2025/26.

Com a decisão, foi cancelada a assembleia-geral extraordinária que ocorreria nesta segunda-feira, 29, quando os profissionais decidiriam se entrariam em greve.

A proposta foi aprovada em votação on-line realizada nos dias 27 e 28 de dezembro pelos aeronautas associados da aviação regular.

O acordo, mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), recebeu 65,93% de votos favoráveis, enquanto 32,77% votaram contra e 1,29% se abstiveram.

Com a aprovação da nova proposta, ficaram garantidos o reajuste salarial com reposição pelo Índice de preços no consumidor (INPC) acrescida de 0,5% de aumento real, reajuste de 8% no vale-alimentação e a manutenção das cláusulas sociais já existentes, como os acordos relacionados à previdência privada e às diárias.

Motivo da convocação do estado de greve

A categoria reúne trabalhadores que atuam diretamente a bordo das aeronaves, como pilotos, comissários e mecânicos de voo.

O estado de greve havia sido anunciado após a rejeição, em votação anterior, da proposta apresentada por parte das companhias aéreas para a renovação da CCT.

Na ocasião, 49,31% dos aeronautas votaram contra a proposta patronal, 49,25% foram favoráveis e 1,44% se abstiveram.

A negociação e a possibilidade de paralisação envolviam apenas as companhias Azul e Gol.

No caso da Latam, não houve risco de greve. Conforme noticiado pelo Metrópoles, pilotos e comissários da empresa aprovaram, em votação realizada nos dias 11 e 12 de dezembro, as propostas de acordo coletivo apresentadas pela companhia.

Reivindicações da categoria

Entre as principais reivindicações dos aeronautas estava a recomposição salarial pelo INPC acrescido de 3%, reajuste do vale-alimentação também pelo indicador mais R$ 105, ampliação da previdência privada.

Além disso, era reivindicado o aumento das diárias internacionais — com acréscimo de US$ 4 para voos na América do Sul, Estados Unidos e América Central — e o pagamento em dobro da hora noturna.

Os trabalhadores também apontam o combate à fadiga como pauta prioritária, relacionando o tema à saúde dos tripulantes e à segurança das operações aéreas.

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