CNC projeta crescimento de 3,5% no setor de serviços em 2025
Para 2026, entidade prevê alta mais moderada de 1,7%, refletindo cenário de menor impulso econômico
20:51 | Dez. 25, 2025
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um crescimento de 3,5% no volume de serviços no Brasil para 2025. O maior impulso vem do dinamismo do mercado interno e pela alta demanda de segmentos como transporte, turismo e tecnologia, avalia a entidade
Já para 2026, a expectativa é de uma alta moderada, de 1,7%. Esse cenário é reflexo de um menor impulso econômico, mas com fundamentos que sustentam a expansão do setor.
As estimativas da CNC foram divulgadas após a publicação dos dados de outubro da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando crescimento de 0,3% frente ao mês anterior.
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Esse foi o nono avanço consecutivo do indicador e renovou o recorde da série histórica. Com tal desempenho, o volume de serviços está operando 20,1% acima do patamar pré-pandemia, e fevereiro de 2020.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, “apesar dos desafios impostos pelo cenário fiscal, pela política monetária ainda restritiva e pelas incertezas internacionais, os serviços seguem apresentando um desempenho firme e sustentado”
Isso, segundo Tadros, vem apoiado no dinamismo do mercado de trabalho, no crescimento da renda real e na confiança dos consumidores. A taxa de desocupação permanece em 5,6%, mínima histórica, enquanto a renda habitual das famílias segue em trajetória de crescimento. Esse cenário tem estimulado a demanda por serviços, especialmente os relacionados ao turismo, transporte aéreo e tecnologia, que seguem entre os segmentos de maior expansão.
Segundo o economista da CNC João Vitor Gonçalves, “as altas sucessivas do volume de serviços indicam uma trajetória sólida, sustentada principalmente pelos segmentos de transportes e de tecnologia da informação. Por outro lado, atividades como os serviços prestados às famílias ainda enfrentam obstáculos para uma recuperação mais vigorosa, diante de um consumo que permanece cauteloso em segmentos como alimentação fora do domicílio e hospedagem”.
O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio registrou crescimento de 1% em outubro, impulsionado pelo transporte aéreo, que avançou 4,3% no mês. Com isso, o segmento acumula uma alta de 21,1% em 12 meses. Também segue elevada a demanda por logística, estimulada pelo comércio eletrônico.
Já os serviços de informação e comunicação cresceram 0,3% no mês e acumulam alta de 5,5% em 12 meses, liderando entre os grandes grupos da pesquisa. Por outro lado, os serviços profissionais, administrativos e complementares registraram alta de 0,1%. Outro grupo que avançou 0,1% foi o de serviços prestados às famílias.
A CNC projeta, por fim, uma nova expansão em novembro, com estimativa de crescimento de 0,16% para o mês.