Empresário cearense se torna maior beneficiador de caroço de algodão do País

Com investimentos em torno de R$ 265 milhões, a empresa tem capacidade de processar 261 mil toneladas do insumo por ano

15:49 | Set. 30, 2025

Por: Adriano Queiroz
Empresa tem unidades de beneficiamento de algodão no Mato Grosso, Bahia e Ceará (foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

O empresário cearense Décio Barreto Jr. estabeleceu a maior beneficiadora de caroço de algodão do Brasil e a segunda maior do mundo, a Icofort Agroindustrial S/A.

O case é narrado nas redes sociais do ex-coordenador de Atração de Empreendimentos Industriais na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará, Adriano Borges.

A empresa tem investimentos em torno de R$ 265 milhões e capacidade para processar 216 mil toneladas de caroço de algodão por ano, além de refinar 108 mil toneladas de óleo bruto por ano, com unidades em Nova Mutum, no Mato Grosso; Juazeiro e Luís Eduardo Magalhães, na Bahia; bem como Icó, no Ceará, de onde se originou.

Ao narrar o case, Borges lembra que “no Ceará o algodão já foi chamado de ouro branco e permitiu a instalação de diversas atividades econômicas. Nas décadas em que o sertão viu o florescer da fibra, o cultivo fomentou as economias locais, financiou comércios e moldou uma cadeia produtiva que unia roça, indústria e exportação”.

Ele também cita a queda abruta causada pela chegada do bicudo-do-algodoeiro no início dos anos 1980 que arrasou lavouras e levou à falência boa parte da cadeia produtiva do algodão no Ceará

“Cerca de 40 anos depois, o enredo ganha uma volta surpreendente. A pauta da agropecuária voltou a ocupar espaço no Nordeste com novos investimentos, produtividade e integração logística. Esta retomada ajuda a explicar por que histórias de adaptação e reinvenção empresarial brotam na região, e por que o algodão, mesmo após a crise, seguiu inspirando empreendedores”, escreveu Adriano Borges.

“É neste contexto que se insere a saga da Família Barreto nascida empresarialmente em Icó em 1964 com a fundação da Ciane – Companhia Industrial Algodoeira do Nordeste, que beneficiava a pluma do algodão e extraia óleo. Em plena crise algodoeira, no fim dos anos 1980, a família decidiu expandir para a Bahia, sem perder o enraizamento no Ceará”, prossegue.

“A Icofort Agroindustrial S/A, herdeira direta da experiência iniciada em Icó, foi construída com resiliência, inovação e visão estratégica de mercado”, pontua Adriano Borges.

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