Tarifaço dos EUA: cadeia do coco no Ceará tem queda de 40%

Em agosto, foram exportados 1,5 milhão de litros de água de coco, mas com um desconto de 40%, para que fosse viável para o comércio exterior

11:01 | Set. 12, 2025

Por: Adriano Queiroz
Colheita do coco em fazenda na Paraipaba, um dos municípios cearenses que mais exportam o item para os Estados Unidos (foto: FERNANDA BARROS)

A cocoicultura cearense voltada à exportação já calcula que trabalha absorvendo 40% de prejuízo, após o primeiro mês que passou do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, o que começou no dia 6 de agosto.

A fundadora da Associação Nacional dos Produtores de Coco (Aprococo) e proprietária da Fazenda Granjeiro (produtora de coco), Rita Grangeiro, detalha que o governo estadual ficou de fazer essa reposição, "porque 10% já tinham sido absorvidos por todos. Então, na verdade, o problema são os outros 40%”.

“Em agosto, foram exportados 1,5 milhão de litros de água de coco, mas com um desconto de 40%, para que fosse viável, para que não se perdesse o cliente e mantivesse os empregos. Por outro lado, a venda de 1 milhão de litros foi cancelada. O prejuízo maior é para o produtor”, ressaltou.

Ela afirma que, mesmo com a subvenção de R$ 20 milhões ofertada pelo Governo do Ceará às exportadoras, é estimado um prejuízo de 10% a 12%.

“Isso aí (a subvenção) tem que ser uma coisa rápida, porque senão a indústria não vai aguentar. Ela tem que bancar essa diferença”, conclui citando a margem de lucro que deve ser perdida. 

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