Desemprego fica em 6,1% no trimestre até novembro, menor índice da história, diz IBGE
Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,5%. No trimestre encerrado em outubro de 2024, a taxa de desocupação estava em 6,2%
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,1% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor índice da série histórica, iniciada no primeiro trimestre de 2012. Essa taxa representa 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego no País.
O resultado ficou em linha com as expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 6,0% e 6,1%, com mediana de 6,1%.
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Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,5%. No trimestre encerrado em outubro de 2024, a taxa de desocupação estava em 6,2%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.825 no trimestre encerrado em novembro. O resultado representa alta de 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 336,738 bilhões no trimestre até novembro, alta de 7,2% ante igual período do ano anterior.
Mercado de trabalho formal dá salto, enquanto o informal mantém estabilidade
Ainda segundo o relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação está 8,8 pontos percentuais abaixo do recorde da série histórica da PNAD Contínua (14,9%), que foi atingido no trimestre encerrado em setembro de 2020, enquanto o número de desocupados está 55,6% abaixo do recorde da série (15,3 milhões), registrado no primeiro trimestre de 2021, sendo ambos os períodos ainda durante a pandemia de covid.
Os dados ainda mostram que a ocupação e trabalho com carteira assinada obtiveram novos recordes. O total de pessoas ocupadas chegou a 103,9 milhões de trabalhadores.
Assim, há recordes históricos no trimestre encerrado em novembro entre os empregados no setor privado (53,5 milhões) e os trabalhadores com carteira assinada (39,1 milhões), além dos empregados no setor público (12,8 milhões).

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, “o ano de 2024 caminha para o registro de recordes na expansão do mercado de trabalho brasileiro, impulsionado pelo crescimento dos empregados formais e informais”.
Dentro desse cenário positivo no mercado de trabalho, houve estabilidade na proporção de trabalhadores sem carteira assinada, mantendo-se no patamar de 14,4 milhões.
Já os trabalhadores por conta própria cresceu 1,8% no trimestre e chegou a 25,9 milhões, mantendo estabilidade em relação ao ano passado.
Assim, a taxa de informalidade no mercado de trabalho impacta 38,7% dos trabalhadores, o equivalente a 40,3 milhões de trabalhadores informais.
Indústria é quem gera maior quantidade de vagas; agronegócio demite mais
No período analisado, os setores que mais geraram abertura de vagas foram a indústria (mais 309 mil contratações), a construção civil (mais 269 mil), de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (mais 215 mil) e os serviços domésticos (mais 174 mil).
“A expansão da ocupação por meio de diversas atividades econômicas vem permitindo que tanto os trabalhadores de ocupações elementares quanto os de serviços profissionais mais avançados sejam demandados, expandindo o nível da ocupação geral da população ativa”, explica Adriana.
Por outro lado, o grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura apresentou recuo por terem saldo negativo de 358 mil pessoas. (Com informações da Agência Estado)
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