Revista The Economist vê cenário melhor para investidores no Brasil; entenda
Segundo a matéria, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é uma das principais razões para que o mercado esteja favorável
10:17 | Ago. 03, 2023
A Revista The Economist, localizada em Londres, publicou um texto destacando como o Brasil está se tornando um cenário melhor para os investidores.
Segundo a matéria de quarta-feira, 2, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é uma das principais razões para que o mercado esteja favorável.
"Várias políticas do governo Lula (Luiz Inácio Lula da Silva - PT) também animaram os investidores. Muitos economistas creditam a Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, grande parte do otimismo. Ele está por trás das duas grandes reformas que poderiam colocar o Brasil em uma base mais estável", diz o autor.
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Estas medidas a qual o texto se refere são a reforma tributária, aprovada recentemente na Câmara, e o arcabouço fiscal, que estabelece uma nova política para as contas públicas. Também é elogiada a autonomia do Banco Central.
"Lula culpa Neto por frear o crescimento ao manter uma taxa de juros de 13,75%, uma das mais altas do mundo. Mas as políticas do banco parecem ter valido a pena. A inflação anual caiu de 12% em abril do ano passado para 3,2% hoje (embora a previsão seja fechar o ano em cerca de 5%)."
No entanto, outros fatores são citados para a melhora da economia do Brasil. Um deles é a política externa, já que a China aumentou a demanda por alimentos, depois de suspender as restrições a pandemia, e há uma tensão constante com os Estados Unidos.
Outro ponto é a invasão da Ucrânia pela Rússia, a qual colocou em risco as exportações de dois dos maiores produtores de grãos do mundo e, consequentemente, fortaleceu o Brasil.
Com isso, o texto afirma que os investidores estão mais confiantes com o mercado brasileiro, Ao contrário do que era esperado no início do ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o cargo.
"Muitos temiam um retorno à libertinagem fiscal que caracterizou o seu governo anterior e terminou 2016 em uma profunda recessão. No entanto, seis meses após sua posse, os mercados estão aquecidos para o governo Lula."
Além do mais, o autor levanta o ponto de que muitos indivíduos estão de olho no potencial do Brasil para produzir energia limpa.
"Este mês, o governo deve apresentar um pacote de cerca de 100 iniciativas ambientais, incluindo uma lei para criar um mercado regulado de emissões de carbono e outra para impulsionar indústrias verdes."
Contudo, o texto alerta para o fato de que o otimismo deve ser moderado. Isso porque o sucesso da reforma tributária e do quadro fiscal não está garantido e os detalhes não foram definidos.
Fora a questão de que, segundo a revista, não é certo que o governo consiga colocar suas finanças em ordem.