Lojistas cobram elaboração de plano para reabertura gradual do comércio

Em caso de reabertura, Associação Brasileira de Lojistas de Shopping ressalta que lojas devem seguir recomendações da OMS

15:14 | Abr. 20, 2020

Shopping Iguatemi Fortaleza terá megaunidade do Emílio Ribas Medicina Diagnóstica (foto: Gentil Barreira/Divulgação)

A Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) está cobrando das autoridades um plano para a reabertura gradual do comércio. Segundo a entidade, o prejuízo do setor já gira em torno de R$ 20 bilhões em mais de 40 dias de lojas fechadas. Além disso, é proposto que as lojas sigam protocolos de segurança seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde). O setor produtivo cearense também faz cobranças ao Governo Estadual em relação ao tema.

“O que a entidade defende é um planejamento das autoridades, especialmente dos governos dos Estados e das prefeituras, para a volta gradual às atividades, a partir do início de maio”, explica Nabil Sahyoun, presidente da Alshop. O executivo salienta que há 105 mil lojas de shopping no Brasil que estão fechadas em um setor que emprega cerca de 1,5 milhão de pessoas.

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“O setor privado já se organizou no sentido de tomar providências para flexibilizar aluguéis e reduzir taxas fixas em um entendimento entre várias entidades, mas sentimos falta de apoio do governo que precisa proteger vidas mas, também a economia, e oferecer contrapartidas ao apoio da sociedade civil. Um exemplo são os impostos como o ICMS que não foram flexibilizados ou o IPTU que não foi suspenso. A arrecadação será ainda menor em virtude do Dia das Mães, pois as lojas seguirão fechadas na segunda melhor data do ano e isso ameaça os empregos gerados pelo setor”, ressalta.

A Alshop propõe abertura de lojas de shopping em horário reduzido de atendimento: das 12h às 20h permitindo que os estabelecimentos funcionem em apenas um turno.

Para os clientes e frequentadores:

- Controle de entrada dos clientes com medição de temperatura e higienização das mãos;

- Limitação de quantidade de clientes conforme a capacidade do empreendimento;

- Nas praças de alimentação, implantação de postos de higienização das mãos e maior espaçamento entre as mesas, bem como a remoção ou interdição de bancos nos corredores;

- Orientação visual aos clientes e frequentadores para evitarem aglomeração e incentivá-los a lavar as mãos, bem como, não andar em grupos com mais de 5 pessoas.

Para os colaboradores e lojistas em geral:

- Expor informações claras sobre a quantidade máxima de clientes nas lojas conforme a metragem do estabelecimento;

- Mapear a distância entre clientes com identificação nas filas dos caixas;

- Instalar placas de acetato nos caixas das lojas com abertura inferior para a cobrança em papel moeda ou máquinas de cartões devidamente higienizadas;

- Fornecer aos colaboradores das lojas materiais de proteção individual como máscaras, protetores faciais e luvas;

- Adotar novos protocolos de higienização dos ambientes.