Reação imediata do mercado à decisao de Cunha deve ser negativa, diz economista
Por outro lado, continua o economista, se o processo resultar na saída de Dilma, o mercado deverá reagir de forma positiva. "Isto porque o Michel Temer (vice-presidente, que assumiria o cargo em caso de impeachment) sinaliza que não tem a intenção de disputar uma reeleição em 2018. Essa sinalização facilita trazer a oposição para o lado dele e, desta forma, ele teria uma bancada maior para aprovar o ajuste fiscal", afirmou.
Sem a intenção de se reeleger, Temer também teria mais disposição política para implementar medidas impopulares, como o aumento de tributos e o corte de despesas, acrescentou Lavieri. Além disso, afirmou o economista, o PMDB, partido de Temer e de Cunha, tem uma postura um pouco mais ortodoxa no aspecto econômico, mais alinhada com o ajuste fiscal. O pedido para processo de impeachment deferido por Cunha foi elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal.