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Eventual rebaixamento exigirá medidas do governo, diz chefe do Bradesco Asset

11:55 | 10/12/2015
O economista chefe da Bradesco Asset Management (Bram), Fernando Honorato Barbosa, afirmou nesta quinta-feira, 10, que a decisão da Moody's em sinalizar a perda do grau de investimento do Brasil mostra que o downgrade do País pela agência de classificação de risco, e ainda pela Fitch Ratings, ocorrerá no curto prazo. Mas na avaliação de Barbosa, "o Brasil já está precificado a até duas notas abaixo do grau de investimento" e possíveis decisões não devem influenciar em indicadores, como o câmbio.

No entanto, segundo Barbosa, o governo terá que reagir com várias medidas, principalmente fiscais e orçamentárias ao rebaixamento. "Se o downgrade for seguido por hesitação e parada do governo, o caminho estará aberto à piora, principalmente do câmbio", completou ele em conferência sobre as perspectivas para a economia em 2016.

Barbosa avaliou que o cenário interno balizará 90% da economia brasileira ao menos no primeiro semestre de 2016. Para ele, o cenário internacional nesse prazo é mais tranquilo e será marcado por uma alta gradual nos juros norte-americanos, iniciada na reunião da próxima semana do Banco Central dos Estados Unidos (FED), pelo possível fim da queda nos preços das commodities e ainda pelo pouso suave da economia chinesa.

"A impressão é que mercados vão reagir de maneira serena (à alta dos juros nos Estados Unidos), porque farão de forma bem suave e gradual. Já as commodities têm caído muito, o que é ruim para emergentes, mas a impressão é que a baixa está perto do fim", disse. "A China ainda tem uma porção de incertezas sobre crescimento, mas o governo local se mobiliza para fazer um pouso suave", concluiu Barbosa.

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