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De 32 cidades brasileiras, Fortaleza é a 3ª pior para investir no Brasil

Foram sete pontos analisados pela Endeavor, que impactam diretamente nas decisões de empresários, e em apenas um Fortaleza se saiu bem

12:11 | 04/12/2015
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Empreender em Fortaleza não é algo muito simples. A capital cearense enfrenta o desafio de facilitar a abertura de empresas. É o que diz relatório do Índice de Cidades Empreendedoras 2015, publicado nesta quinta-feira, 3, pela Endeavor Brasil. O estudo mostra que Fortaleza ocupa 30ª colocação na lista das melhores cidade brasileira para empreender. A Capital só perde para Maceió e Teresina. Em outras palavras, Fortaleza é a 3ª pior cidade para investir, entre as 32 pesquisadas pela Endeavor.

Foram sete pontos analisados, que impactam direatamente nas decisões de empresários, e em apenas um Fortaleza se saiu bem: ambiente regulatório (28º lugar), infraestrurutra (26º), mercado (20º), acesso a capital (21º), inovação (30º), capital humano (24º) e cultura empreendedora (9º).

O estudo aponta a burocracia é um dos entraves que a Capital enfrenta. São necessários, no mínimo, 148 dias para legalizar um negócio simples do setor de serviços na cidade, mas a demora pode chegar a 298 dias em casos mais complexos, como no setor da indústria.

Quase 80% do problema se concentra em três processos: obtenção do Alvará de Funcionamento (entre 60 e 90 dias, dependendo da complexidade), Alvará do Corpo de Bombeiros (60 dias) e Alvará de Publicidade (outros 90 dias). "Se esses períodos fossem reduzidos à metade, seria possível regularizar um negócio em cerca 150 dias - o que ainda seria muito, mas ao menos estaria mais próximo das demais cidades analisadas. Ou seja, o caminho para Fortaleza é longo", conclui o  relatório.

Cultura empreendedora
Se a Capital foi fraca em seis de sete quesitos, ela se saiu melhor quando se fala em cultura empreendedora, ficando no 9º lugar do ranking de 32 cidades. Esta análise se deu por meio da avaliação de dois fatores fundamentais.

O primeiro diz respeito ao potencial da população para empreender com alto impacto. Por impacto o estudo define: a capacidade de criar e operar empresas que crescem aceleradamente, empregam um número maior de funcionários, têm modelos de negócio mais rentáveis e sobrevivem por mais tempo. O segundo fator corresponde à imagem do empreendedorismo nas cidades, à forma como a população local encara os bempreendedores e a atividade de empreender.
 
Nordeste
Quando se faz um recorte regional, Fortaleza fica em sétimo lugar, entre as nove capitais nordestinas. Quem saiu à frente foram Recife, João Pessoa e Aracaju. "As nove cidades da região estão entre as 15 melhores do país quanto às atitudes necessárias para se criar negócios de alto impacto - com destaque para a visão de oportunidades e a criatividade ao desenvolver novos produtos", diz o estudo. São estaques relativos à Cultura Empreendedora, setor em que a região também vai bem, em decorrência da forma positiva com que a população vê o empreendedorismo.

Redação O POVO Online

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