Após erro na PNAD 2013, IBGE diz que automatizou processos para evitar falhas
"O IBGE reconheceu que o processo de trabalho estava muito manual. O que fizemos foi automatizar parte daquele trabalho. Automatizamos o máximo possível aquele processo ali e criamos alguns procedimentos que consideramos importantes, que faziam parte da nossa prática", disse Wasmália Bivar, presidente do IBGE.
No ano passado, após a identificação do erro na Pnad, o IBGE corrigiu as informações, revelando que o rendimento identificado pela pesquisa foi mais alto, a desigualdade menor e o analfabetismo maior do que o divulgado anteriormente. "Não importa quem apontou, o IBGE tem que rapidamente comunicar e corrigir o erro", afirmou Wasmália.
Como resposta ao incidente, o instituto criou duas comissões investigativas, uma técnica e outra para buscar responsabilidades no erro.
Segundo a presidente do IBGE, a comissão de sindicância concluiu que o ocorrido foi uma falha humana "a que todos os processos de trabalho estão sujeitos", sem nenhuma intenção, mas apontou algumas questões que mereciam mais atenção no futuro. Já a comissão técnica declarou que o problema não era parte dos processos de trabalho como um todo e que não havia reparo a fazer.
A versão 2014 da PNAD teve 151 mil domicílios visitados e 363 mil pessoas entrevistadas. No ano que vem, o IBGE divulgará a última edição da Pnad anual, referente a 2015. A coleta de dados está atualmente em campo.
A pesquisa será substituída pela Pnad Contínua, que já apresenta mensalmente indicadores sobre o mercado de trabalho.