Alta na confiança de serviços não sinaliza melhora nos próximos meses, diz FGV
Neste mês, a confiança avançou 4,5%, resultado que sucede a queda de 8,4% em setembro ante agosto. A melhora foi disseminada entre os segmentos, o que é um aspecto favorável na visão de Sales. Por outro lado, o recuo acumulado nos cinco meses anteriores dava condições de uma recuperação devido à base fraca.
"Não temos elementos para dizer que significa começo da atenuação (da piora) do indicador de confiança. Os resultados não permitem dizer isso. Talvez esse ajuste de tempos em tempos nas expectativas venha dessa dificuldade de ver o cenário à frente. É como se ele não acreditasse que pudesse piorar ainda mais", afirmou Sales.
A alta de 0,6% no indicador de emprego previsto na passagem do mês também merece ser analisada com cautela, segundo o economista. Apesar do resultado favorável, ainda há uma fatia maior de empresários que pretendem demitir (25,4%) do que contratar (7,1%) nos próximos três meses.
Natal
A proximidade do Natal ajudou a impulsionar a confiança do segmento de alojamento e alimentação. Em outubro, a alta no indicador foi de 13,9%, com melhora da percepção sobre a situação atual e das expectativas. A intenção de contratar também aumentou 3,2%.