Índios paralisam obra de Belo Monte
Eles pertencem aos povos mundurucu, juruna, caiapó, xipaia, curuaia, asurini, paracanã e arara. Há também pescadores e ribeirinhos. Pelo menos 6 mil trabalhadores, nas estimativas do movimento, deixarão de atuar no canteiro. A ocupação, de acordo com os indígenas, será mantida por tempo indeterminado - ou até que o governo atenda às reivindicações.
Para justificar a invasão, os indígenas divulgaram uma carta na qual afirmam que são "a gente que vive nos rios em que vocês querem construir barragens". "Vocês estão apontando armas na nossa cabeça. Vocês sitiam nossos territórios com soldados e caminhões de guerra. Vocês fazem o peixe desaparecer", diz o documento. "O que nós queremos é simples: vocês precisam regulamentar a lei que regula a consulta prévia aos povos indígenas. Enquanto isso, vocês precisam parar todas as obras e estudos e as operações policiais nos Rios Xingu, Tapajós e Teles Pires", diz a carta nos parágrafos finais.