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Linhas de Transmissão do Ceará apresenta segundo maior deságio em leilão da Anatel

O lote E, cujo objetivo é atender os sistemas de transmissão de municípios dos estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, foi arrematado pela Abengoa Concessões Brasil Holding S.A pelo valor de R$ 31,9 milhões

19:32 | 19/12/2012

Contemplado com o “Lote E” do leilão realizado nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Ceará obteve o segundo maior deságio, ou seja, a diferença entre o valor nominal e o pago pela compradora do lote, no caso, a empresa Abengoa Concessões Brasil Holding S.A. Arrematado com Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 31,9 milhões a oferta representou um deságio de 30, 7%.

Para Adão Linhares, diretor da RM Energia, o percentual do deságio do Lote E segue uma perspectiva de competitividade saudável já característica dos certames realizados pela Aneel. Para ele, o fato de o valor da diferença ter ficado em 30,7% representa o interesse que a empresa espanhola tem em investir no País. “A Abengoa é uma empresa forte que já participa do mercado brasileiro. Como já possui linhas de transmissão no Brasil, pode estar com planos de ampliar seus ativos e entrar no Nordeste”, conclui.

 

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Outra consequência positiva, segundo Linhares, seria a modicidade tarifária de energia, estimulada consequentemente pela menor receita demandada pelos empreendedores na execução dos empreendimentos. Esse ponto, de acordo com Nelson Hubner, diretor-geral da Aneel, é sentido diretamente pelo consumidor final. A Receita Anual Permitida (RAP) média a ser obtida após o início da exploração dos empreendimentos nos oito lotes ficará em R$ 352,4 milhões contra R$ 450,1 milhões estabelecidos inicialmente.

Linhares alerta, entretanto, que o deságio muito alto pode significar um sinal de alerta para o governo e às próprias companhias. Dentre os riscos nesse cenário ele coloca a impossibilidade de a empresa cumprir os contratos assumidos. Em alguns casos, diz o empresário, os prazos podem se tornar um grande entrave nas obras envolvendo os empreendimentos no setor energético. As sanções aplicadas às empresas que descumprem cláusulas durante as operações ainda são uma forte garantia aos projetos.

Leilão disputado
De caráter disputado, o leilão desta quarta-feira possuiu deságio médio de 21,7%. A Abengoa, empresa vencedora do Lote E, arrematou três dos oito lotes oferecida sendo a grande vencedora do certame. Com previsão de entrada em operação comercial de 36 meses, o lote é composto por duas subestações e uma linha de transmissão.

Dos oito lotes leiloados ontem apenas ao lote H não houve interessados. Com isso, há possibilidade de redução de investimentos nos projetos, que juntos devem demandar cerca de R$ 4,3 bilhões em 11 estados. De acordo com Adão Linhares, muitas vezes a renúncia ao lote decorre da precaução pelos investidores, “que muitas vezes verificam que a receita não paga o investimento”.

 

 

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