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Empresários de PME estão menos confiantes para 2013

12:09 | 12/12/2012
Caiu a expectativa dos pequenos e médios empresários em relação ao crescimento da economia brasileira no primeiro trimestre de 2013, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN), medido pelo banco Santander e o Insper. A expectativa média, apontada por pesquisa divulgada neta quarta-feira, foi de 73,2 pontos em comparação aos 74,6 pontos registrados na pesquisa anterior, referente ao quarto trimestre de 2012. Em relação ao crescimento da economia, a expectativa passou de 74,1 para 72,3 pontos.

De acordo com José Luiz Rossi, professor de economia do Insper e um dos responsáveis pela elaboração do índice, apesar da queda o índice ainda denota otimismo. "O índice é medido em uma escala de 0 a 100 e 75 denota muito otimismo, mas acima de 70 ainda é um grau otimista", avaliou. Para ele, essa queda significa que o ritmo baixo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) já atingiu o pequeno e médio empresário. "Esse resultado é uma indicação que a economia com ritmo de crescimento menor já atingiu o dia a dia do pequeno e médio negócio", explicou o professor.

Os empresários consultados na pesquisa do IC-PMN também reduziram a confiança em relação ao faturamento no primeiro trimestre do ano que vem. Embora ainda dentro da graduação que denota otimismo, o índice para o faturamento esperado caiu 2,5 pontos, de 79 pontos registrados na pesquisa anterior, referente ao quarto trimestre, para 76,5 pontos. O índice de confiança em relação ao ramo de atuação dos empresários baixou 2,7 pontos, de 77,9 pontos para 75,2 pontos no mesmo período. O lucro caiu de 77,9 pontos registrados na pesquisa anterior para 75,8 pontos na pesquisa divulgada nesta quarta-feira.

A confiança dos pequenos e médios empresários em relação aos investimentos teve leve alta de 0,5 ponto, de 71,3 pontos registrados na pesquisa anterior, referente ao quarto trimestre, para 71,8 pontos na pesquisa divulgada nesta quarta-feira sobre o primeiro trimestre de 2013. Os investimentos contemplam a manutenção de um número maior de empregados nas pequenas e médias empresas nos primeiros três meses de 2013. O índice mostra que a confiança em relação aos empregados ficou subiu 0,3 ponto, ante 67,5 pontos registrados na pesquisa anterior, referente ao quarto trimestre de 2012.

Para Rossi, esse leve aumento com relação à estimativa de faturamento indica uma expectativa de melhora no médio prazo. "O primeiro trimestre vai ser duro, mas os empresários têm de manter seus investimentos e empregados porque lá na frente vai melhorar. Vejo que eles estão vendo um problema de curto prazo, mas no médio prazo tendem a achar que vai melhorar", analisou o Rossi com relação ao aumento na expectativa de investimentos e cenário de empregados.

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