Dilma: Cúpula do Mercosul ocorre sob signo da inclusão
"Como bloco somos a 5ª economia do mundo, dispomos de enorme capacidade de produção energética e de produção de alimentos, além de contar com um parque industrial pujante e complexo, além de contar com mercado de grandes dimensões", destacou Dilma.
No início do discurso, Dilma fez uma homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer. "Ele dizia que a gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem. Concordamos com ele. Nós que sabemos também o valor do nosso sonho de uma integração latino americana em que todos ganham", afirmou Dilma, se referindo ao arquiteto como "cidadão ilustre do Mercosul que acaba de nos deixar".
A presidente também disse que a Bolívia está decidida a entrar para o Mercosul. Ao informar a disposição do país, ela saudou o presidente boliviano, Evo Morales, presente na Reunião dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada hoje em Brasília.
"Recebemos com entusiasmo a decisão da Bolívia de dar início ao diálogo com o Mercosul. A entrada do país torna o Mercosul mais forte", destacou Dilma em seu discurso. "Boas-vindas a Evo Morales, a todo povo boliviano, que traz uma cultura diversificada dos povos indígenas que muito nos orgulha. Evo, muito bem-vindo", disse a presidente.
Segundo Dilma, o Mercosul dá mostra de vitalidade e de atração regional. Ela informou que Suriname também deseja aderir ao bloco e que "negociações prosseguem com o Equador". "Muito nos honra que o Suriname tenha manifestado interesse em se tornar Estado associado do bloco, prosseguem negociações com o Equador", disse.
Fundo
Dilma defendeu a continuidade das negociações para aperfeiçoamento do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). O fundo busca financiar projetos para melhorar a infraestrutura das economias menores e das regiões menos desenvolvidas do bloco econômico. "O fundo já abarca cerca de 40 projetos aprovados, com carteira de US$ 1,1 bilhão", destacou a presidente.