O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, negou na tarde desta quarta-feira que o governo tenha definido o índice de remuneração para a indenização dos ativos de transmissão anteriores ao ano 2000, que será paga às empresas nos próximos 30 anos.

Em teleconferências com investidores, tanto executivos da Cteep como da Cemig informaram que utilizaram a fórmula IPCA + 4% nos cálculos econômicos feitos pelas companhias para embasar a decisão de renovar as respectivas concessões.

O presidente da Cteep, César Augusto Ramírez, disse na terça-feira (04) que a taxa teria sido indicada por Hubner, em conversa na segunda-feira (03).

A informação surpreendeu analistas, já que o texto da MP que versa sobre a indenização desses ativos afirma apenas que o valor seria indexado ao IPCA.

"Ainda não temos uma definição e essa é apenas uma hipótese aventada pelo Tesouro Nacional. Os títulos do Tesouro com 30 anos têm essa remuneração, mas isso não significa que as indenizações seguirão a mesma fórmula", afirmou Hubner, lembrando que o governo ainda irá publicar uma portaria com essa regulamentação.