Produção de petróleo é prioridade, afirma Graça
Ao destacar o trabalho de foco dado pela nova diretoria - Graça Foster assumiu a presidência da Petrobras em fevereiro passado -, a executiva reforçou que a estatal tem uma série de oportunidades, e que é justamente esse cenário que cria um grande desafio em termos de gestão. "As grandes oportunidades, se não bem gerenciadas, podem se transformar em riscos difíceis de se controlar no médio e longo prazos. É uma questão de prioridade, oportunidade e necessidade e a disciplina de capital desse plano é fundamental", complementou Graça, após destacar que as análises física e financeira dentro da companhia devem estar "dentro de uma mesma bandeira".
Graça voltou a citar projeções de produção da Petrobras até 2016 e 2020 e afirmou que ao menos outras duas revisões do plano de negócios da companhia devem ser feitas nesse horizonte até 2020.
A executiva também reforçou durante a apresentação que a companhia já trabalha com um cenário de 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) de capacidade. O número tem como base reservas atuais de 15,7 bilhões de boe, somadas aos 5 bilhões de boe aos quais a Petrobras tem direito de exploração a partir da cessão onerosa pela União na megacapitalização de 2010 e outros 10,7 bilhões de boe em volumes potencialmente recuperáveis, a se confirmarem durante os próximos três ou quatro anos.
Proef
Graça também destacou a importância de planos em curso da companhia, focados em aumento de produtividade e também em desinvestimento de ativos principalmente no exterior. O Programa de Aumento da Eficiência Operacional (Proef) focado na Bacia de Campos já teve um primeiro piloto, o qual indicou projeções de que o valor presente líquido (VPL) de um investimento da ordem de US$ 5,6 bilhões seria de US$ 1,5 bilhão. "Na semana que vem vamos implantar o Proef em outra unidade da Petrobras porque os resultados (da primeira iniciativa) foram muito bons", destacou a executiva.