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Maranhão tem pior PIB per capita em 2010, informa IBGE

13:22 | 23/11/2012
O Estado do Maranhão apresentou o menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita no Brasil em 2010, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi de R$ 6.888,60. Já o maior PIB per capita do País é o do Distrito Federal, com R$ 58.489,46.

"O menor PIB per capita era o do Piauí, agora é o do Maranhão", disse Frederico Cunha, gerente da Coordenação de Contas Nacionais Anuais, explicando que o crescimento da população no Maranhão foi maior do que no Piauí e, como a expansão do PIB não acompanhou a expansão populacional, o PIB per capita maranhense ficou menor.

A performance do Distrito Federal é explicada pela baixa densidade populacional aliada ao elevado nível de renda. "A fatia do Distrito Federal no PIB é muito maior do que a fatia da região no total da população. O PIB per capita do Distrito Federal é três vezes maior que o do Brasil", acrescentou Cunha.

O PIB per capita do Distrito Federal é ainda duas vezes maior que o de São Paulo, de R$ 30.243,17, o segundo Estado no ranking.

No total do País, o PIB per capita é de R$ 19.766,33. Em 2010, sete unidades da federação tiveram resultado acima da média nacional: Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Paraná.

A segunda pior posição na lista de PIB per capita pertenceu ao Piauí: R$ 7.072,80. O Estado de Alagoas ficou em terceiro lugar, com um PIB per capita de R$ 7.874,21. "A concentração dos menores PIBs per capita é nas regiões Norte e Nordeste", declarou Cunha.

Concentração de riqueza

Apesar do ligeiro movimento de desconcentração da riqueza no País, oito unidades da federação ainda concentram 77,8% do PIB brasileiro em 2010: São Paulo (33,1%), Rio de Janeiro (10,8%), Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,7%), Paraná (5,8%), Bahia (4,1%), Santa Catarina (4,0%) e Distrito Federal (4,0%).

Na direção oposta, os dez estados com as menores participações no PIB somavam uma fatia de apenas 5,3% da geração total de riqueza, relatou o IBGE. Todos estavam localizados nas regiões Norte e Nordeste: Rio Grande do Norte (0,9%), Paraíba (0,8%), Alagoas (0,7%), Sergipe (0,6%), Rondônia (0,6%), Piauí (0,6%), Tocantins (0,5%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e Roraima (0,2%).

No entanto, o grupo ganhou participação de 0,3 ponto porcentual no PIB em relação a 2002, enquanto o grupo dos oito estados mais ricos perdeu 1,9 ponto porcentual.

Já o grupo intermediário, formado pelos nove estados restantes, abocanhava 16,9% do PIB: Goiás, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Pará, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão e Mato Grosso do Sul, todos com participações entre 1,2% e 2,6%. A fatia do grupo intermediário foi a que mais cresceu entre 2002 e 2010, 1,5 ponto porcentual.

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