Cerca de 134 mil pessoas viviam na linha da pobreza em Fortaleza em 2010, ou seja, com renda inferior a R$ 70. É o que diz a pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 5, pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Num montante de 1,5 milhão de pessoas no Estado, Fortaleza é o município que apresenta maior contingente (8,9%) populacional nesta condição. O valor, segundo o estudo, se relaciona ao tamanho da população do Ceará.

Entretanto, levando-se em conta os termos proporcionais, a capital cearense apresenta o menor valor, correspondendo a 5,5% de sua população. Considerando a distribuição por bairros, o estudo aponta que a maior porção de miseráveis encontra-se nos bairros Manuel Dias Branco (26,88%), Conjunto Palmeiras (17,15%), Parque Presidente Vargas (15,66%), Siqueira (11,88%) e Jangurussu (10,92%).

No outro extremo, Cidade 2000 (0,41%), Dionísio Torres (0,43%), Gentilândia (0,45%), Joaquim Távora (0,53%) e Praia de Iracema (0,61%) apresentaram os menores percentuais nessa condição. Ainda segundo a pesquisa, as Secretarias Executivas Regionais (SERs) V e VI representam quase 56% do total de pessoas na extrema pobreza em Fortaleza. As menores concentrações foram observadas nas regionais IV e II, com 6,41% e 9,43%, respectivamente.

O estudo aponta ainda que, em termos de quantidade de pessoas em extrema pobreza, a regional V apresenta o maior contingente entre as demais regionais com 38.554 indivíduos classificados nessa situação tendo mais do que o quádruplo do número verificado na Regional IV, que possui 8.583 indivíduos vivendo na linha da pobreza.

As informações do estudo foram extraídas do Censo 2010.